O ex-diretor de Geração da Eletrobras, o gaúcho Valter Luiz Cardeal, foi levado em condução coercitiva pela Polícia Federal (PF), em Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira, 6. A estatal é responsável pelas operações de energia do Brasil. A iniciativa ocorre dentro da Operação Pripyat, que investiga casos de corrupção na Eletronuclear. As ações são desdobramentos da Operação Lava Jato.
Três semanas antes da prisão domiciliar do ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, um grampo telefônico foi realizado, conforme os responsáveis pela investigação do caso. Nele, o militar da reserva recebe uma ligação de Cardeal na qual os dois combinam versões sobre o que dizer na Justiça diante das possíveis acusações de corrupção.
Após saber que teria sido citado durante delação na Operação Lava Jato, Cardeal ligou para Othon. Quem o delatou foi o presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa. Em seu depoimento, o colaborador premiado informou que os dois executivos da Eletronuclear cobraram 6% de propina para incluir a UTC nas obras de Angra 3. No relatório da Justiça Federal, consta a transcrição feita pela PF da conversa realizada em 11 de julho de 2015.
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Nos áudios, é possível ouvir, segundo os investigadores, que Cardeal diz a Othon para ambos se ajudarem, o que a Polícia Federal interpretou como uma combinação de versões a serem ditas.
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