Luciano Flores de Lima, que já coordenou a Polícia Federal (PF) em Santa Cruz do Sul, vai assumir a gestão da Interpol nas Américas. A atuação ocorrerá direto de Lyon, na França. A indicação foi publicada nessa quinta-feira, 4, no Diário Oficial da União. O delegado federal foi o responsável pela condução coercitiva e por colher o depoimento do ex-presidente Lula, em 2016.
Luciano Flores nasceu em Santa Maria. Ele é formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e ingressou na Polícia Federal no Paraná, em 2002. O primeiro trabalho ao lado do então juiz Sérgio Moro e do procurador da República Deltan DallAgnol, foi na força-tarefa do caso Banestado em Curitiba, de 2004 a 2007.
Em 2008, Flores assumiu a chefia da delegacia da PF em Santa Cruz do Sul, onde permaneceu até a deflagração da operação que prendeu Lula. Durante sua passagem pelo município, instaurou e conduziu o inquérito que desvendou um grande esquema criminoso envolvendo desvio de recursos do Pronaf, cuja investigação policial comprovou um prejuízo milionário contra centenas de pequenos produtores rurais desta região.
Como delegado, ele também atuou na prisão do publicitário Duda Mendonça e da mulher dele, do doleiro Alberto Yousseff e do ex-ministro José Dirceu.
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Na França, onde fica a secretaria-geral da organização, o delegado vai coordenar e dar assistência aos escritórios centrais e regionais nas Américas do Norte, Central e do Sul. A Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal, reúne 190 países e facilita a conexão dos trabalhos das polícias de todo o mundo para prevenir e combater o crime.
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