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Ex-chefe de cozinha muda de vida e decide ser viajante

Uma cena inusitada chamou a atenção de quem passou pela Rua Marechal Floriano, em frente ao Banco Itaú, na tarde de quarta-feira, 14. Na calçada, um músico tocando ukulele pedia doações, com uma placa escrito “Me ajude a seguir viagem”. Trata-se de Yasser El Hodali, 36 anos e viajante há cinco. Com uma mochila nas costas e muita história para contar, ele se desloca de uma cidade a outra por meio de caronas, e conta com a colaboração das pessoas que conhece pelo caminho para continuar.

Yasser – que é descendente de palestinos – conta que trabalhava como chefe de cozinha em um restaurante no Bairro Bom Fim, em Porto Alegre, quando deixou tudo para trás e decidiu ser viajante. “Esse monte de cabelo branco que tu está vendo aqui é de atender gente com fome. Hoje não entro mais em uma cozinha para ganhar dinheiro, só cozinho para os amigos”, brinca. A aventura começou em Uruguaiana, de onde seguiu para a Argentina, Uruguai e Chile. Na volta, passou um período em Florianópolis, na casa dos irmãos, voltando ao Rio Grande do Sul para seguir viajando.

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Quando chega em uma cidade, ele faz apresentações em locais públicos com o ukulele para arrecadar dinheiro, que usa para alimentação e eventuais deslocamentos quando não consegue carona. Há cerca de dois meses, começou também a fazer malabarismos. “Onde não dá para fazer música, faço malabarismo… malabarismo da vida, vamos dizer assim, eu me viro do jeito que dá.” Ele diz que as pessoas colaboram muito, não só com dinheiro, mas também com caronas e hospedagem. “Terça peguei carona de Santa Maria até Restinga Seca e o rapaz simplesmente me levou pra casa dele, jantei e confraternizei com eles. E isso acontece em muitos lugares.”

Na sequência, Yasser parte para Lajeado e de lá segue a Rota do Sol para Terra de Areia, próximo de Torres. Com o verão chegando, o planejamento é ficar por algum tempo no litoral. Apesar de parecer uma vida difícil, ele garante que é feliz e não se arrepende de nada.

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