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Evolução do status sanitário coloca pecuária gaúcha em novo patamar

Com a perspectiva de ampliar em US$ 1,2 bilhão por ano seu volume de negócios, o setor produtivo de carnes aguarda com expectativa, nesta semana, a certificação do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

O reconhecimento abrirá as portas para 70% dos mercados internacionais a que o Estado, até hoje, não tinha acesso, beneficiando as indústrias gaúchas de carne bovina, suína e de aves. A OIE vai oficializar o novo status sanitário do Estado em assembleia geral, que será transmitida online, mediante cadastro gratuito, na quinta-feira, 27, às 7h no link https://oiegeneralsession88.com.

“A evolução do status sanitário coloca a pecuária gaúcha em um novo patamar. Muito em breve estaremos livres da vacina e livres para crescer. O mundo saberá da qualidade da nossa proteína animal gaúcha”, destaca a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.

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Na indústria de carne suína, a projeção é de que haja um incremento na exportação na ordem dos R$ 600 milhões anuais. China (carne com osso), Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul são os maiores importadores mundiais a exigirem status de livre de febre aftosa sem vacinação para a compra desse tipo de carne.

Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, a certificação do Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação, aliada ao cenário sanitário internacional, impulsionará a indústria suinicultora do Estado.

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“A China, por exemplo, teve queda expressiva de produção por causa da peste suína africana, e a recuperação para níveis antes da peste está prevista apenas para 2025. Então, o acesso a esses mercados possibilitará um boom na suinocultura do Rio Grande do Sul”, projeta.

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O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli, destaca que o ganho não se dará apenas pelo crescimento do volume de exportações, mas também por causa do valor pago a carnes e derivados de carne oriundos de regiões sem vacinação, que costumam ter preços maiores em países importadores mais exigentes.

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“Estes mercados pagam muito bem pela tonelada, como Japão e Coreia do Sul. A tendência é ampliarmos o espaço e fortalecermos nossas ligações com parceiros comerciais tradicionais, como China e Estados Unidos”, avalia.

Investimentos e geração de emprego e renda

Dentro deste cenário promissor para a indústria de carnes no Rio Grande do Sul, não é de se estranhar que a maior produtora de proteína no mundo, a brasileira JBS, tenha anunciado, em abril deste ano, um investimento de R$ 1,7 bilhão em sete fábricas no Estado até 2023.

Prevendo o aumento na demanda de exportação para proteína in natura e seus derivados, a companhia planeja expandir e promover melhorias em suas unidades em sete municípios gaúchos – Bom Retiro do Sul, Caxias do Sul, Nova Bassano, Passo Fundo, Seberi, Santa Cruz do Sul e Trindade do Sul. A ampliação da capacidade de sete unidades produtivas tem potencial de gerar 2,7 mil postos de trabalho diretos e cerca de 10 mil indiretos.

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Entre os principais motivos para um plano de investimentos tão robusto para o Rio Grande do Sul, a companhia cita a mão de obra qualificada presente no Estado e a abertura de novos mercados com a certificação internacional como zona livre de aftosa sem vacinação. “Quando falamos em acessar mercados relevantes, esse status é ingresso para participar do jogo”, pontua o diretor de Agropecuária da JBS, José Antônio Ribas Júnior.

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caroline.garske

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caroline.garske

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