Por Taís Fortes/Especial ADI
A transição energética justa e o aproveitamento do patrimônio mineral do Rio Grande do Sul estiveram em pauta na manhã de quinta-feira, 18, durante evento realizado no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. A programação envolveu o poder público, empresas e entidades ligadas ao tema com a intenção de estimular o diálogo e a democratização de informações sobre o tema.
O governador em exercício, Gabriel Souza (MDB), destacou que o governo do Estado acredita muito no uso das reservas minerais para a extração sustentável e geração de renda. Também ressaltou que é preciso sabedoria para tratar desse assunto.
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“O mundo está vivendo uma transição energética, mas ela precisa ser justa. Justa no sentido de propiciar aos países em desenvolvimento, como o Brasil, fornecimento e geração de energia para atender à demanda da produção e a possibilidade do uso das reservas minerais como fertilizantes, no caso do carvão mineral. E que, ao mesmo tempo, não cause desemprego para as pessoas que mais precisam”, salientou.
Souza observou que a mineração é utilizada para a geração de todas as formas de energia sustentável. Lembrou que o Rio Grande do Sul é o único Estado que tem um estudo contratado para analisar a viabilidade do uso do hidrogênio verde. Além disso, mencionou que outras ações são realizadas pelo poder público gaúcho em relação ao tema. A principal delas o desenvolvimento de um plano estadual para apontar as diretrizes do uso sustentável das reservas no Rio Grande do Sul.
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“O governo está criando um plano estadual sobre transição energética justa. Nós somos o Estado brasileiro com o maior número de reservas carboníferas do Brasil e, ao mesmo tempo, temos outras possibilidades de extração mineral, como o fosfato, titânio e uma série de outros minerais que são importantes no sentido de garantir um desenvolvimento sustentável”, explicou.
Sobre o prazo para isso acontecer, o governador em exercício salientou que é necessário celeridade. “Precisamos rapidamente ter esse plano para o Rio Grande do Sul, que, aliás, vai ser o Estado brasileiro com o plano mais robusto”, continuou.
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“Estamos terminando o processo licitatório e esperamos que nesse semestre haja a contratação desse estudo para que consigamos finalizá-lo nos próximos meses. Assim, teremos um plano estadual da transição energética justa para garantir o uso das nossas reservas minerais, ao mesmo tempo em que conseguimos atingir a meta de, até 2050, sermos um Estado com emissão de carbono zero.”
O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, mencionou durante a fala no painel que o Rio Grande do Sul tem grande potencial para impulsionar a produção mineral, além de desempenhar papel importante na segurança alimentar. “A região tem muito a oferecer na transição para uma economia sustentável de baixo carbono. É preciso explorar ao máximo essas oportunidades para beneficiar não apenas o Brasil, mas também a humanidade”, afirmou.
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Ele salientou que, tendo em vista o potencial agrícola do Rio Grande do Sul, o mercado de carbono é uma das áreas mais importantes. “Porém, não temos uma regulação até o momento que responda aos nossos interesses. É preciso pressionar o Congresso Nacional para agilizar as definições sobre esse tema de forma oficial. E que o que for acordado atenda aos nossos interesses e não aos do exterior.”
O 1º Diálogo da Transição Energética Justa foi organizado pela Associação Brasileira de Carbono Sustentável (ABCS), Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), governo do Estado e Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs/Comin). Durante a solenidade de abertura, também ocorreu a assinatura de convênio de cooperação entre a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina e o Instituto Caldeira para impulsionar o empreendedorismo na região.
Fonte: Governo do Estado.
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