Eunício de Oliveira (PMDB-CE) foi eleito o novo presidente do Senado nesta quarta-feira, 1º. A sessão estava marcada para às 16 horas, mas começou por volta das 17h30. O novo presidente teve 61 votos. José Medeiros teve 10 e ainda foram 10 em branco. Eunício tem 64 anos e circula pelo Congresso Nacional desde 1998, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez.
A eleição confirmou o favoritismo do peemedebista e confere ao PMDB um domínio de 12 anos no comando da Casa. Eunício substitui o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no cargo. Calheiros passará a ocupar a liderança do partido na Casa, cargo antes ocupado por Eunício.
O novo presidente afirmou que vai defender o combate à corrupção, antes mesmo de ser eleito. Ele repetiu diversas vezes que atuará respeitando as normas do regimento interno do Senado. Entretanto, disse que a instituição precisará ser “firme e dura quando um poder se levantar contra o outro”, sem interferir na harmonia entre Legislativo, Executivo e Judiciário.
Publicidade
“O Senado não pode perder a corrente contemporânea da luta contra a corrupção (…) É hora de resgatar a confiança nesse parlamento”, declarou no discurso. Eunício afirmou que respeitar o estado democrático de direito é um sinal de modernidade. “A sociedade nos cobra ser ágil, contemporâneo e, sobretudo, transparente nas decisões.”
Ele declarou ainda que o Senado precisa atuar com os demais poderes para “colocar o Brasil nos trilhos”. “Quero presidir uma casa unida, destinada à difícil missão de acalmar esse mar revolto da política”, discursou.
Eunício reforçou que o Senado deve assumir este ano uma posição de protagonismo na retomada econômica. Entre as prioridades, destacou a reforma da previdência como uma medida “urgente” que em breve será apreciada pelos senadores. Além disso, afirmou que a Casa precisa buscar caminhos para ajudar governadores e prefeitos a sair da crise.
Publicidade
Outra prioridade defendida por Eunício é colaborar para que o País solucione a crise penitenciária e o desemprego. Em sua gestão, ele disse que internamente vai buscar dar mais espaço para as minorias.
Também acatou sugestões de Roberto Requião (PMDB-PR) e disse que as comissões especiais devem ser reduzidas e não “podem virar rotina”. A distribuição das relatorias, segundo ele, também devem ser democratizadas como uma “mudança de costume”.
Publicidade