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“Eu sou soldado de uma coligação”, diz Armando Mayerhofer

O atual vice-prefeito e secretário de Finanças e Planejamento do município de Sobradinho, Armando Mayerhofer (MDB), deu sequência, nesta sexta-feira, 28, à série de entrevistas da Rádio Gazeta FM e Jornal Gazeta da Serra com possíveis pré-candidatos à chapa majoritária nas Eleições de 2020. Mayerhofer destacou pontos sua trajetória política. “Minha família sempre foi militante do MDB. Naquela época, quando eu ainda morava no Arroio do Tigre, o João Dalci sentava com a gente e conversava muito. Aderi à campanha dele, no PDS, e meu pai, que era MDB, teve que me acompanhar, pois tínhamos apostado”, disse. Em seguida, transferiu o título para Sobradinho, onde se filiou ao PP. “Quis o destino que eu voltasse à sigla do meu pai. A política passa, mas as amizades ficam. Tive uma receptividade muito grande no MDB, quando me filiei. Eu tinha uma parceria muito grande com o Maninho. Brigávamos em tempo de campanha, mas depois jantávamos juntos”, comenta.

Segundo Mayerhofer, muitas pessoas não apostavam no bom relacionamento entre ele e o prefeito Maninho. “Isso não se confirmou, pois temos uma ótima afinidade. Eu almoço pensando na prefeitura, janto pensando na prefeitura e vou dormir pensando na prefeitura. Me propus a fazer um trabalho e tenho muita responsabilidade no que me proponho”, comenta.

No passado, quando liderava o PP, Mayerhofer afirma que se doava muito, e era questionado pela própria esposa: “Será que eles farão mesmo por você?”. O vice-prefeito destaca que não foi ajudado por algumas pessoas do próprio partido. “Havia um acordo que eu disputaria a campanha em 2013, mas tive de passar inclusive por convenção. “Eu não tinha me preparado, perdi meu candidato a vice, e percebi que os generais não estavam na batalha. Senti muita falta da militância do ex-prefeito Miguel Vieira, do qual fui secretário por muito tempo, e até procurei ele para que ele me ajudasse na campanha. Ele me falou para renunciar, e disse que eu perderia as eleições. Mas eu continuei. Foi uma campanha bonita, limpa…o Miguel teve uma certa falta de consideração por tudo o que eu havia feito por ele. Mas meu coração não guarda mágoa”, diz.

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Sobre a possibilidade de ser candidato, Armando Mayerhofer, destaca que não tem certeza de que concorrerá, uma vez que tudo é uma questão de consenso, pois a coligação é grande e ativa. “Os partidos têm nomes muito fortes. Qualquer um deles representará muito bem a nossa coligação. Além das pessoas que apareceram na reportagem do jornal Gazeta da Serra, muitos outros nomes não citados podem disputar os pleitos”, afirma. O emedebista destacou que é importante se despolarizar as Eleições, cada vez com mais partidos participantes. “Todos têm muita importância para o município”, diz.

Conforme Armando, desde o começo optou por desempenhar suas funções de forma técnica e política na prefeitura. ”Quando iniciamos o governo atual, o prefeito Maninho ficou responsável por quatro secretarias e eu também por quatro. Com isso foi possível fazer uma grande economia. O vice-prefeito precisa ser, também, no meu ponto de vista, secretário”, diz.

Interior e cidade

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O vice-prefeito salientou que se procurou atender tanto o interior quando a área urbana durante a Administração Municipal. “Estamos investindo muito na cidade, mas precisamos também olhar para o interior. Para que o produtor fique na agricultura é preciso dar condições a todos, como estradas e afins”, disse. Mayerhofer destacou muitas ações de governo realizadas durante a atual Administração. “Estamos com várias frentes de trabalho, investindo na qualificação de pessoas, nas áreas de Saúde, Assistência Social, Educação, Agricultura e melhorias na cidade”, salienta. “Hoje estamos focados na Administração Municipal para fazer o melhor por Sobradinho. Num segundo momento, veremos a questão das eleições”, complementa.

Emoção

Ao final da entrevista, Mayerhofer se emocionou ao lembrar da época em que trabalhou como professor em Linha Herval, na década de 80. “Eu ia até o local de bicicleta, e tinha que amarrar o pneu da minha bicicleta, pois não tinha dinheiro para arrumar. Meu pai sempre trabalhou muito, às vezes colocava uma lata de melado nas costas para vender e comprar passagem para eu estudar”, disse.

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