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“Eu pedi para que os vereadores não votassem”, diz Sérgio Moraes sobre sessões da Câmara que não atingiram quórum

Às vésperas do próximo mandato, os últimos acontecimentos na Câmara de Vereadores chamaram a atenção em Santa Cruz do Sul. Pela primeira vez na história do Legislativo santa-cruzense, nessa quinta-feira, 26, projetos submetidos ao Legislativo não foram votados por falta de número mínimos de vereadores presentes. Na manhã desta sexta-feira, 27, o prefeito eleito Sérgio Moraes concedeu entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 e explicou como interferiu no caso.

Segundo regimento interno, é preciso que um terço dos vereadores (seis) estejam presentes para atingir o quórum de votação,. Pela manhã, estiveram presentes apenas quatro: o presidente Gerson Trevisan (PSDB), Jair Eich (PP), Alberto Heck (PT) e Francisco Carlos Smidt (Novo).

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Com isso, o presidente Gerson Trevisan, depois de aguardar por meia hora além do horário estipulado para a sessão, reconvocou a sessão extraordinária para as 14 horas, novamente no Plenário Vereador Nilton Garibaldi. Pela segunda vez, não houve quórum, com apenas três vereadores presentes.

Sérgio Moraes disse que a ausência da maioria dos políticos partiu de um pedido pessoal para que eles não votassem no projeto alocado para a sessão extraordinária. Se trata do repasse de R$ 3 milhões para o Hospital Ana Nery iniciar a construção do setor de oncologia infantil, obra total orçada em R$ 20 milhões. Para o futuro prefeito, o projeto foi submetido sem explicações necessárias, e gostaria de aperfeiçoar a pauta em seu mandato. “Quando será o início da obra? Está combinado? Qual o prazo? Quem vai entrar com os outros R$ 17 milhões? Não estava claro no projeto, e eu pedi que os vereadores então, em nome da comunidade, não votassem”, disse.

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Sérgio também esclareceu que a intenção não é ser contra o repasse, mas se reunir com o hospital e entender mais sobre como o dinheiro será utilizado. “Eu preciso saber o que vai acontecer de benefício para a comunidade, queremos justamente tratar com certeza, para a Câmara poder votar”, afirmou.

Ouça a entrevista completa

*Avance até os 22 minutos

*Colaborou o jornalista John Kaercher Machado

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