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Prato do dia

Eu, Gourmet: a pasta com molho de tomates secos

Foto: Emerson Haas

Os tomates secos são uma iguaria exótica e deliciosa que tem sua utilização datada desde séculos atrás, tendo sido inicialmente desidratados pelo sol quente dos vilarejos ao Sul da Itália! Lá o pomodori secchi é originariamente produzido de forma artesanal, o que ainda ocorre, apenas com o forno quente no lugar do sol e o encurtamento do tempo do processo, que antes durava dias e agora leva, em média, de três a cinco horas para ficar pronto. O sucesso da produção de tomate seco é atribuído à variedade utilizada, que deve ter frutos de parede grossa, com poucas sementes e boa firmeza.

Nos últimos anos, esse ingrediente de sabor agridoce vem mostrando significativa expansão na gastronomia de todo o mundo, incluindo a brasileira, onde chegou a partir da década de 60. A iguaria pode ser utilizada em grande parte de pratos como antepastos, canapés, salgados, risotos, massas, pizzas e até mesmo nas carnes vermelhas, frutos do mar e frango. Uma receita muito fácil e saborosa de ser preparada é a pasta com molho de tomates secos, cuja receita segue abaixo.

Ingredientes (para 4 pessoas):
500g de talharim
200g de tomates secos
250g de nata
250g de requeijão cremoso
50g de manteiga
Azeite de oliva
Alecrim
Pimenta-do-reino moída e sal a gosto

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Preparo: em um processador ou liquidificador juntar o tomate seco, a nata, o requeijão e o fio de azeite de oliva, e bater bem até a mistura ficar bem diluída. Aquecer a manteiga em uma panela e adicionar a mistura feita no processador. Em fogo baixo, ir mexendo aos poucos e juntar a pimenta, o sal e uma pitada de alecrim. À parte, cozinhar o talharim, escorrer e juntar ao molho, misturando bem para incorporar. Servir decorando com tomates secos, queijo parmesão ralado e endro desidratado.

*Confira receitas, crônicas e dicas de vinhos acessando o blog www.eugourmet.com

Don Giovanni Merlot 2006
Guardado de longa data ainda possuía em minha adega um exemplar, filho único, de Don Giovanni Merlot 2006, produzido pela vinícola homônima em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha. Ainda estava ótimo, o que é marcante para um produto com 14 anos de safra, mas não surpreendente, pois trata-se de um vinho gaúcho produzido em um terroir diferenciado que privilegia a guarda.

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Deixei-o no decantador arejando por cerca de uma hora para depois provar esse vinho, que mostrou-se equilibrado, elegante e macio. Apresentou cor púrpura e rubi muito brilhante, e trouxe ao nariz aromas frutados (cassis e ameixa) e evoluídos com tabaco, tostado – café – e toque herbáceo. Na boca revelou-se estruturado, com ótimo equilíbrio, acidez na medida, taninos redondos e maduros. Vinho de média persistência e confortável retrogosto. Envelheceu em barris de carvalho americano e francês por cerca de oito meses.

Vai muito bem com carnes grelhadas de bovino, cordeiro e suíno, e ainda harmoniza com massas com molhos vermelhos e de funghi. O ideal é servi-lo na temperatura de 16 graus. Possui 13% de graduação alcoólica.

Importância econômica
O tomate é uma hortaliça originária da região situada na área que compreende do norte do Chile ao Equador, entre o Oceano Pacífico, os Andes e as Ilhas Galápagos. Mas foi o México o responsável pelas primeiras plantações domésticas, de onde foi levado para a Europa a partir de 1535. Lá, demorou algumas centenas de anos para ser realmente consumido como alimento – isso em meados do século 19 – e se difundir pelo resto do mundo. Atualmente é a hortaliça mais industrializada e mais importante em termos de produção e valor econômico. No Brasil, a cultura foi introduzida pelos imigrantes italianos no fim do século 19, tendo se incrementado com a vinda dos imigrantes japoneses. A sua industrialização iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial, com rápido desenvolvimento a partir da década de 70. Hoje o Brasil situa-se entre os maiores produtores mundiais, ao lado de Estados Unidos e Itália.

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