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‘Eu estava com apenas R$ 12 no bolso’, diz pedreiro que se reinventou para driblar a crise

As dificuldades financeiras causadas pela pandemia mudaram a realidade de muita gente e tornaram fundamental a necessidade de se reinventar dentro de outras profissões ou serviços. Foi o que fez o autônomo Luiz Carlos da Silva, 55 anos. Pedreiro há 30 anos, Silva, que é casado e tem cinco filhos com idades entre 7 e 19 anos, teve redução de trabalho na área da construção civil. Com a esposa também desempregada, ele se cadastrou para receber o auxílio emergencial de R$ 600,00. Mas a parcela que deveria ter sido paga em abril ainda segue em análise.

Diante da situação, e na tentativa de aumentar a renda da família, Silva decidiu fazer uma horta no quintal de casa, no Bairro Country, em Santa Cruz do Sul. No espaço de 30 metros por 7,5 metros, foram empregadas opções sustentáveis, como a compostagem e a instalação de uma estufa para hortaliças. A ideia foi produzir alimento para a família e também vendê-lo. “Em março eu estava desesperado, sem serviço e com apenas R$ 12,00 no bolso. Decidi comprar um saco de pregos e, com madeiras que tinha no pátio, fiz a estufa. Pedi R$ 50,00 emprestados ao meu irmão e comprei as mudas”, conta.

Horta fornece alimento à família e ajuda a pagar as contas

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Além de alface, são cultivados tempero verde e rúcula. Os produtos são vendidos a R$ 1,00 a unidade e a entrega é feita por ele mesmo, a pé ou de ônibus. “Às vezes não vale a pena ir de ônibus, por conta do custo da passagem, mas prefiro fazer assim do que deixar as hortaliças estragando.” Por semana, o pedreiro consegue, em média, R$ 70,00 com a venda. O valor garante o sustento da família e paga as contas.

Desde a semana passada, Silva também trabalha na reforma da casa da recicladora Angelita da Silva Plate, no Bairro São João. Estão sendo feitos reparos no telhado, reboco das paredes e colocação de piso. A obra é em parceria com o Grupo do Bem, que auxilia pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Estou recebendo auxílio do Grupo do Bem com alimentos e uma ajuda em dinheiro. E da mesma forma que sou ajudado, também quero retribuir”, diz Silva.

Luiz está prestando um serviço a pedido do Grupo do Bem

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