O estudo hidrológico contratado pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul para combater os alagamentos causados pelas chuvas chegou a uma nova fase. Na primeira etapa, os engenheiros da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz (Apesc) fizeram levantamento sobre a microbacia hidrográfica do arroio Jucuri, principal deságue do Bairro Santo Inácio e da região central da cidade. Agora, as informações obtidas sobre drenagem, tubulações e vazões foram compiladas e transformadas em um modelo.
Conforme o engenheiro ambiental Marcelo Luís Kronbauer, um dos integrantes da equipe que realiza o estudo e também professor do Departamento de Engenharia, Arquitetura e Ciências Agrárias da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), os dados consistem em estimativas das diferentes manchas de inundação que o município poderia ter conforme o volume de chuva. Essas estimativas são então comparadas com alagamentos que já aconteceram para verificar se o modelo é condizente com a realidade ou não.
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“Realizamos uma reunião com os engenheiros da Prefeitura e vimos com precisão que o modelo segue o que acontece na realidade”, disse Kronbauer em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. Segundo o especialista, a partir desse resultado a equipe pode testar situações mais extremas e intervenções para garantir a drenagem da água da chuva em Santa Cruz.
“Agora podemos começar a propor soluções e ver se elas vão trazer os efeitos desejados, porque muitas vezes falamos em investimentos na casa dos milhões”
Marcelo Luís Kronbauer, engenheiro ambiental
As análises feitas pelos engenheiros mostram que, em determinados pontos da cidade, chuvas com intensidade de 50 milímetros já podem provocar transtornos. Um desses pontos de atenção, segundo Kronbauer, fica na Rua Coronel Oscar Jost, próximo ao prédio onde estão instaladas diversas secretarias municipais. Outras duas regiões que preocupam são os entornos do Estádio dos Eucaliptos, no Bairro Avenida, e do Shopping Santa Cruz, no Bairro Santo Inácio. “São locais que o modelo validou com aquilo que vimos na realidade, inclusive nos eventos de 28 de janeiro e 15 de fevereiro do ano passado”, salienta.
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Ao comentar sobre os motivos dos alagamentos nos bairros Santo Inácio e Avenida, Kronbauer ressalta que são vários, desde problemas em alguns pontos do Arroio Jucuri até o aumento na densidade populacional e a falta de permeabilidade do solo. Entre as soluções possíveis estão a criação dos chamados dispositivos de amortecimento, capazes de armazenar a água da chuva em certos pontos e controlar a vazão que vai para o arroio, evitando o transbordo. O trabalho agora consiste em identificar onde essas estruturas podem ser instaladas para produzir o melhor efeito possível e apresentar as alternativas à Prefeitura, o que deve ocorrer ao longo deste mês.
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