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Estudo mostra que máscara reduz em 87% o risco de contágio

Mais do que uma opção pela saúde, a máscara é um símbolo de empatia, uma forma de cuidado consigo e com os outros. E ela funciona mesmo. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) realizou um estudo, em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa), Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, que apontou a importância do item de prevenção. Os resultados sugerem que o uso reduz em 87% a chance de ser infectado pelo coronavírus.

Além disso, os pesquisadores concluíram que pessoas que aderem de forma moderada a intensa ao distanciamento social têm entre 59% e 75% menos chances de contrair o vírus. O artigo ainda será revisado por outros acadêmicos.


Porém, em Santa Cruz do Sul, basta observar o movimento dos pedestres durante alguns minutos no Centro para flagrar pessoas sem máscaras ou utilizando-as de forma errada. Mas também existem muitos bons exemplos. É o caso da professora Márcia Frantz, de 53 anos. Ela carrega duas máscaras de reserva na bolsa, onde afixou um pequeno frasco de álcool gel, como se fosse um chaveiro. “Como tenho uma doença autoimune, me cuido ao máximo. Só saí para ir a uma consulta médica”, comentou.

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Para ela, houve um relaxamento por parte da população, pelo longo período da pandemia e a falta de consideração com os outros. “Muitos são desatentos. Utilizam de forma errada. Tem que haver maior preocupação com as pessoas, principalmente as de mais idade, que poderão ter um quadro grave.”

Márcia Frantz mantém cuidado máximo: na bolsa, leva itens de reserva e álcool gel | Foto: Alencar da Rosa


Os mais jovens são associados às aglomerações e apresentam maior risco de contágio massivo. Contudo, há muitas pessoas conscientes nessa faixa etária. A esteticista Ellen Jordão Cunha, de 19 anos, utiliza máscara de neoprene e mantém as reservas na bolsa, assim como o tubo de álcool gel.

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“Eu trabalho com público e me acostumei com as medidas de prevenção. Usar máscara incomoda, mas é essencial”, sublinhou. “O ideal é escolher um modelo que seja confortável. O que não pode é ficar sem.”

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Ellen Cunha não abre mão da proteção e recomenda escolha de modelos confortáveis

Não usar pode acabar em multa

De acordo com o secretário de Segurança, Transporte e Mobilidade Urbana de Santa Cruz, Everton Oltramari, a fiscalização é constante. No último fim de semana de lockdown, as forças de segurança realizaram 800 abordagens para orientação do uso da máscara. Oltramari explica que uma multa é aplicada em caso de reincidência. “Estamos coibindo as aglomerações e fazendo o trabalho de orientação para que as pessoas entendam a importância do uso correto da máscara”, salienta.

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O decreto municipal 10.845, divulgado na sexta-feira da semana passada, prevê multa de R$ 678,18 para infração média, R$ 1.695,45 para grave e R$ 6.781,80 nos casos de infrações gravíssimas. Se a pessoa for advertida e pôr a máscara, não será multada. Se ela se recusar a colocar, receberá a multa, qualificada pelo agente fiscalizador.

O texto estabelece que a máscara precisa tapar o nariz e a boca, e deve ser utilizada na circulação em espaços públicos e privados acessíveis a pessoas, em vias públicas e no transporte coletivo.

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