Após um ano de pandemia, as informações científicas sobre a Covid-19 cresceram e os médicos, assim como outros profissionais da saúde e pesquisadores, conseguem ter uma noção mais clara da doença, dos sintomas, tratamentos e formas mais eficazes de barrar o contágio. Um fator pouco divulgado como possibilidade de diagnóstico da Covid-19 em assintomáticos é o surgimento de lesões cutâneas. As erupções e manchas podem aparecer em diversas partes do corpo e assemelham-se muitas vezes às outras doenças conhecidas, como urticária. Os sinais podem ser detectados, inclusive, no céu da boca.
Os primeiros estudos foram divulgados na Europa. Pesquisadores italianos realizaram um levantamento de casos com pacientes internados com Covid19. Foram excluídos aqueles que haviam recebido novos medicamentos nas duas semanas anteriores ao diagnóstico. Os médicos notaram que 20% dos casos apresentavam alterações cutâneas especialmente no tronco, como exantema maculopapuloso (erupção com área avermelhada), lesões urticariformes difusas (lesões avermelhadas e levemente inchadas) e vesículas varicelasímiles (bolinhas vermelhas), todas elas lesões que não causavam muita coceira. Não houve, porém, correlação entre essas manifestações cutâneas e a gravidade da doença em si.
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Entretanto, situações consideradas mais severas, como uma espécie de queimadura gelada na pele e gangrena, foram associadas à progressão da Covid-19 e ao estado de hipercoagulação. Este é caracterizado pela formação excessiva de coágulos sanguíneos em diversos órgãos e regiões do corpo, incluindo a pele.
A dermatologista Jaquelini Barboza, de Santa Cruz do Sul, conta que diagnosticou pacientes com Covid-19 por meio da observação das lesões cutâneas. Um grupo de estudo está desenvolvendo um artigo sobre a questão no Brasil. “É uma resposta exagerada do organismo. Em geral, as lesões somem com o fim do ciclo da doença. A resposta a uma infecção viral na pele é muito comum. O mais curioso agora é a variedade das lesões”, explica a médica santa-cruzense. “É uma forma de detecção para evitar um contágio pelos assintomáticos.”
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Planos pagarão tratamento da psoríase
Com uma atualização no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio da normativa 465/2021, o tratamento com imunobiológicos para psoríase passará a ser obrigatório pelos planos de saúde. Ao todo, a resolução prevê 69 novas coberturas, desde quinta-feira.
Anteriormente, os convênios bancavam somente o tratamento para artrite psoriática. A dermatologista Jaquelini Barboza ressalta que o uso de imunobiológicos é indicado somente para casos severos, que não responderam ao tratamento sistêmico ou com lesões em regiões especiais, como face, genitália, mãos e pés. “É uma novidade importante porque são medicamentos caros. Não são corticoides, contraindicados para tratar. Tínhamos essa possibilidade via SUS, desde setembro de 2019. Agora estará estendido para os planos de saúde”, detalha.
No SUS, os problemas são a falha na entrega dos medicamentos. No convênio, há uma garantia maior. O médico que prescreve não precisa ser conveniado. O IPE já fornece esse tipo de medicamento há mais de quatro anos.
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Medicamentos
- Psoríase: adalimumabe, etanercepte, guselcumabe, infliximabe, ixequizumabe, secuquinumabe e ustequinumabe
- Retocolite ulcerativa: golimumabe, infliximabe e vedolizumabe
- Hidradenite supurativa: adalimumabe
- Urticária crônica: omalizumabe
- Uveíte: adalimumabe
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