Embora o Rio Grande do Sul tenha pouco mais de 700 casos confirmados de Covid-19 até agora, o contingente de pessoas atingidas no Estado pode ser bem maior. Um estudo liderado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para radiografar a situação da pandemia em território gaúcho apontou que o número real de infectados pode chegar a cerca de 5,6 mil.

O resultado da primeira fase do estudo foi divulgado nesta quarta-feira, 15. Entre sábado, 11, e segunda-feira, 13, foram aplicados testes em 4.189 pessoas de 9 cidades – incluindo Santa Cruz do Sul –, que representam 31% da população gaúcha. Em Santa Cruz, foram 500 testes. Pelo menos outras três rodadas de entrevistas estão previstas a partir de agora, com intervalo de 15 dias entre elas, para acompanhar a evolução da contaminação no Estado.

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Até as 14 horas desta quarta-feira, 15, o Estado tinha 747 casos confirmados em 88 municípios, incluindo 19 mortes. Porém, segundo o reitor da UFPel, Pedro Hallal, que apresentou os dados, os casos confirmados representam apenas uma fração do verdadeiro alcance da doença. Com base nos testes aplicados, os pesquisadores estimam que haja 500 pessoas infectadas para cada 1 milhão de habitantes.

A população atual do Rio Grande do Sul é de cerca de 11,2 milhões de pessoas. “Na epidemiologia, o denominador é o número de pessoas doentes, não o número de casos confirmados. Os casos que chegam ao sistema de saúde escondem todo o restante do iceberg que está submerso”, disse.

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Pelo estudo, a cada caso notificado, haveria outros quatro não identificados, que envolvem pessoas que não foram testadas ou não apresentaram sintomas graves. A pesquisa ainda apontou que apenas 0,05% da população desenvolveu anticorpos contra a Covid-19 até agora.

Além da UFPel, a pesquisa mobilizou outras 11 universidades gaúchas, incluindo a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A próxima etapa está prevista para ocorrer entre os dias 25 e 27 deste mês.

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