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Estudo da Prefeitura indica cinco rotas turísticas em Candelária

Para fazer frente aos desafios econômicos impostos pela pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Candelária olhou para a geografia do município, privilegiado por belezas naturais. O estudo revelou que pequenas iniciativas podem alavancar o turismo de roteiros curtos, tão em evidência por conta das restrições a viagens longas. O plano de revitalização turística foi apresentado nessa sexta-feira, 10, como atração regional, e parte das ações já foi colocada em prática.

O secretário municipal de Turismo, Cultura e Esporte, Jorge Mallmann, explica que o ócio gerado com o cancelamento de eventos serviu para que a pasta repensasse as atrações de Candelária. “É preciso avançarmos na consciência coletiva de nossa comunidade sobre o potencial que nossa cidade tem no que se refere ao turismo. Por isso apresentamos este plano”, disse.

Mallmann: ações práticas no município

A ação foca em cinco roteiros e atrações, já existentes em Candelária, porém com problemas de acesso ou infraestrutura, como a subida do Morro Botucaraí, o museu paleontológico e o Aqueduto, que pertence a um roteiro específico.

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O prefeito de Candelária, Paulo Butzge (PSB), destaca que é necessário pensar além dos eventos, ora suspensos em razão da pandemia. “Isso não impede que continuemos trabalhando e elevando o potencial do município, que é enorme e não estava sendo explorado”, disse Butzge.

O chefe do Executivo candelariense explica que o turismo é uma indústria mundial sem chaminé, que desenvolve a economia sem prejudicar o ambiente. “Pensar o turismo significa projetar o nome de Candelária para toda a região. Por isso estamos felizes com este conjunto de iniciativas”, completou.

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Butzge: “É uma indústria sem chaminé”

A maioria das ações envolve investimentos em infraestrutura. São obras para a construção de acessos, como pontos de apoio em locais já visitados ou em espaços consolidados, como o Morro Botucaraí, que é de difícil acesso para parte de seus visitantes. A maioria das intervenções deve ser iniciada ainda no segundo semestre deste ano.

Revitalização do Caminho dos Tropeiros

O passeio do Caminho dos Tropeiros tem início no Aqueduto, um dos principais marcos da imigração alemã no Rio Grande do Sul. Composta por 79 arcos, a estrutura usada para transportar água para um moinho no século 19 encanta pela beleza. O acesso se dá pela ERS-400, no caminho para Sobradinho.

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Aqueduto do século 19 é a primeira parada do passeio Caminho dos Tropeiros | Foto: Rafaelly Machado

A segunda parada ficará no Horto Medicinal Girassol, um herbário onde é possível comprar chás e plantas. No local há almoço e café colonial sob reserva. O Museu Rural é a terceira atração, e dali os visitantes seguem para o Engenho de Serra, que faz parte do roteiro e ensina como se organizava a produção rural na época da colonização da região.

A finalização do passeio ocorre em um paradouro em Linha Passa Sete. Haverá a instalação de um dindinho para que os visitantes possam percorrer as localidades do interior.

A última parada é na Ponte do Império. Construída em 1878, a estrutura faz parte do conjunto mais antigo de estradas do Rio Grande do Sul, ligando a região do Pampa aos Campos de Cima da Serra, na época, grande produtora de erva-mate. A Ponte do Império foi construída pela Prefeitura de Rio Pardo, que na época abrangia boa parte da região.

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Sobre o Aqueduto

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a visitação ao Aqueduto está fechada. A dona da propriedade, Silvia Becker, atende apenas pequenos grupos ou fotógrafos para realização de ensaios fotográficos com poucas pessoas. Para marcar a visita é preciso ligar para o (51) 3743 1484. O ingresso custa R$ 5,00 por pessoa.

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As outras rotas

Criação da rampa de voo livre

A rampa de voo livre será instalada em uma propriedade privada localizada no morro que lembra o casco de uma tartaruga, entre as localidades de Alto Passa Sete e a Picada Karnopp.

O acesso permitirá os saltos em várias direções, no perímetro do Morro da Tartaruga, em um raio de 5 quilômetros. Do alto do morro é possível ver boa parte do município de Candelária.

Cascata da Ferradura terá mirante

Um dos pontos turísticos mais conhecidos de Candelária é a Cascata da Ferradura, na localidade de Roncador. Atualmente o acesso ao local é difícil. O projeto de revitalização prevê a instalação de um mirante, semelhante ao que existe na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina.

O visitante ficará em cima da estrutura, feita em acrílico, e terá a impressão de estar caminhando sobre a cascata. O mirante projeta o visitante sobre a queda d’água.

Uma escadaria para o Morro Botucaraí

Um dos pontos mais conhecidos de Candelária, hoje usado em celebrações de tradição religiosa, como as caminhadas da Sexta-feira Santa, e para a prática de trilha e esportes radicais, é o Morro do Botucaraí. O desafio no local é implementar uma estrutura no acesso ao morro, com a instalação de um ponto de apoio para quem o visita.

Outra proposta prevê a construção de uma escadaria nos pontos mais difíceis de acesso. Um estudo topográfico feito pela Prefeitura revelou a necessidade de instalação de escadas com pequena interferência no meio ambiente, construídas em metal e de degraus vazados para não reter água. A estrutura instalada deve ter 270 metros, em diferentes pontos na trilha.

Novo Museu Aristides Carlos Rodrigues

Ponto tradicional da cultura de Candelária, terá um novo endereço. Com parte da obra já em execução, o projeto do novo prédio sugere a construção em módulos, ampliados de acordo com a necessidade de crescimento do espaço físico para acomodação de acervo.

A área de 2 hectares, localizada no encontro da RSC-287 com a ERS-400, terá uma estrutura de paradouro junto ao museu paleontológico, por conta do reconhecido potencial arqueológico de Candelária.

O projeto do novo museu servirá de estímulo para o desenvolvimento turístico de Candelária. O Museu Aristides Carlos Rodrigues funciona hoje junto à Biblioteca Municipal, na Rua Botucaraí, no Centro.

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