Com a crise provocada pela pandemia do coronavírus, os aplicativos de mobilidade se tornaram ainda mais importantes para boa parte das famílias brasileiras. É o que demonstra um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) sobre o impacto dos apps de transporte na economia do País. Realizado pelo segundo ano consecutivo, o levantamento registrou, a partir da atividade de transporte por app, o impacto de mais de R$ 15 bilhões na economia do Brasil.
O valor é equivalente a 0,21% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Isso representa um crescimento de 16,7% no impacto dos apps no ambiente econômico nacional, na comparação com os dados de 2019. O desempenho é ainda mais impactante quando lembramos que o PIB brasileiro de 2020 registrou queda de 4,1% em relação ao ano anterior.
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Além disso, os aplicativos contribuem para a arrecadação de R$ 1,3 bilhão em tributos, com os impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Serviços (ISS).
Detalhamento
Dos R$ 15,2 bilhões mensurados pelo levantamento da Fipe, quase 44% (o equivalente a R$ 6,7 bilhões) se referem aos pagamentos das corridas. Outros 9,4% (R$ 1,4 bilhão) correspondem a setores afetados de forma direta pela atividade. Nesta relação estão desde oficinas e comércios voltados à venda e manutenção dos veículos até lojas de roupas ou de telefonia celular.
E, por fim, os efeitos induzidos, que são as atividades beneficiadas pela demanda gerada no transporte de aplicativo, com R$ 5,98 bilhões. “Partimos do princípio que toda atividade de produção gera emprego, produzindo renda e estimulando o consumo ou a poupança. Isso é o que chamamos de fluxo virtuoso na economia.”, afirma o estudo.
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