Um estudo de sequenciamento genético da Universidade Feevale confirmou a circulação da variante Delta em Santa Cruz do Sul. A pesquisa avaliou 74 amostras de pacientes, em 12 municípios do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina e um do Amapá, coletadas entre o fim de julho e o início de setembro.
Dos nove casos analisados pela universidade em Santa Cruz, em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), oito eram da Delta. A cepa, que teve origem na Índia, é comprovadamente mais transmissível do que as demais.
Até a divulgação desta pesquisa, havia apenas um caso confirmado de variante Delta em Santa Cruz. A secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke, revelou a situação em entrevista à Rádio Gazeta, no dia 15 de setembro. À época, ela disse que a confirmação se deu em junho e não foi percebido impacto nos números locais. “A variante não trouxe prejuízos para o nosso município. Mantivemos os mesmos números de casos e internações”, avaliou Daniela, na ocasião.
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A pesquisa da Feevale analisou amostras de pacientes em Alvorada (1), Campo Bom (2), Canoas (31), Garibaldi (8), Novo Hamburgo (11), Picada Café (1), Porto Alegre (4), Rio Grande (1), Santa Cruz do Sul (9), São Leopoldo (1), Sapucaia do Sul (2) e Viamão (1), além de Nova Fraiburgo, em Santa Catarina (1) e Macapá, no Amapá (1). Foram identificadas apenas duas linhagens: a Delta e a Gamma (também chamada de P1, com origem em Manaus).
O que chama a atenção são os índices: 75% das amostras coletadas entre julho e setembro eram da Delta e 25% da Gamma. No sequenciamento anterior, realizado em julho, com coletas nos meses precedentes, a frequência era exatamente oposta: 75% Gamma e 25% Delta. “Esse acompanhamento epidemiológico permitiu observar a entrada da variante Delta no Estado”, avaliou o pesquisador Fernando Spilki, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Feevale.
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