Até o fim do ano, R$ 917 milhões a mais serão injetados na economia de Santa Cruz na comparação com 2021. Descontada a inflação, isso representa um aumento real de 9,13%, bem superior à média do Brasil, que será de apenas 0,92%. Segundo o IPC Maps, que mede anualmente o potencial de consumo no Brasil, Santa Cruz elevou a participação no consumo brasileiro do ano passado para cá, de 0,084% para 0,092%. Isso significa que, a cada R$ 100,00 gastos no País, cerca de 9 centavos são no município.
Segundo o coordenador do estudo, Marcos Pazzini, as projeções deste ano frustraram as expectativas de uma recuperação mais firme do consumo em todo o País, passada a fase mais aguda da pandemia. Após o baque de 2020, que registrou uma queda de 6,5%, no ano passado houve um crescimento de 4,5%. “Imaginava-se que agora em 2022 pelo menos se recuperaria esses outros 2%, mas infelizmente a realidade é outra. Temos problemas internos, eleições, a guerra na Europa, aumento no preço do petróleo”, observou.
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Na contramão desse movimento, algumas localidades registraram maior mobilidade social. Em Santa Cruz, os indicadores utilizados no estudo apontam para uma migração de pessoas da classe B para a classe A, que é a faixa com poder aquisitivo mais elevado e cresceu de 2,8% para 3,9%. Outro indicador relevante envolve o número de empresas estabelecidas: enquanto no Brasil foram fechadas quase 1,2 milhão de empresas desde o ano passado – a grande maioria MEIs, que são negócios de pequeno porte –, em Santa Cruz 149 organizações foram abertas, sobretudo no setor de serviços.
“Consumo depende de renda e renda depende de emprego. Quanto mais empresas você tem, maior a chance de ter pessoas trabalhando com carteira assinada e com um rendimento contínuo”, analisou.
Com isso, a cidade ganhou 14 posições no ranking nacional de consumo (de 179º para 165º, entre 5,5 mil municípios) e manteve a 14ª posição entre as 497 localidades do Rio Grande do Sul.
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Apesar da recuperação, o levantamento indica que itens básicos vão seguir ocupando a maior parte do orçamento das famílias em Santa Cruz. Gastos relacionados a habitação, por exemplo, o que inclui aluguel, conta de água e luz, TV por assinatura e internet, respondem por mais de 20% do consumo no município. Já itens de segunda necessidade, como viagens, permanecem no fim do ranking.
De acordo com Marcos Pazzini, a expectativa de um salto muito grande nas despesas relacionadas a alimentação no domicílio – ou seja, quando a refeição é preparada em casa – não se confirmou. Mesmo com a popularização do trabalho remoto a partir da pandemia, o que se verificou foi uma demanda muito grande por telentrega, o que estimulou também as despesas com veículo próprios. Com isso, os dois segmentos seguem no topo do consumo.
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“Em 2020, quando ninguém podia sair de casa, dependia-se muito de fazer as compras on-line e receber por delivery. Com essa demanda e a demanda por aplicativos de transporte, quem estava desempregado ou trabalhava e tinha algum horário vago, viu nisso uma oportunidade de ter algum rendimento. Então, recorreu à compra de algum veículo, novo ou usado, e com isso aumentaram as despesas com combustível e manutenção”, afirmou.
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