Um estudo conduzido pela Universidade de Oxford encomendado pelo Ministério da Saúde analisou as taxas de imunização das doses de reforço de diferentes vacinas contra a Covid-19 utilizadas no Brasil em quem concluiu o ciclo vacinal de duas doses com a CoronaVac. O imunizante é produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo.
Segundo a pesquisa, quem recebeu a dose de reforço da própria CoronaVac teve um aumento de sete vezes dos anticorpos em geral contra o coronavírus. Na utilização das demais marcas para dose de reforço, quando as primeiras aplicações foram com CoronaVac, a ampliação da quantidade de anticorpos é maior.
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Quem recebeu a dose de reforço da Janssen teve elevação do nível de anticorpos em 61 vezes. Na vacina da Oxford-AstraZeneca, o aumento foi de 85 vezes. O imunizante da Pfizer-BioNTech obteve o melhor desempenho, com crescimento de 175 vezes no número de anticorpos.
O estudo conduzido pela Universidade de Oxford apontou uma queda do nível de anticorpos após seis meses em quem recebeu as primeira e segunda doses da CoronaVac, confirmando a importância da dose de reforço.
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O estudo contou com a participação de 1.205 voluntários em São Paulo e em Salvador. As pessoas tiveram as doses de reforço dos diferentes tipos de imunizantes aplicadas 28 dias após a conclusão do ciclo vacinal com a CoronaVac. Em seguida os participantes tiveram amostras de sangue retiradas para avaliar o nível de anticorpos produzidos.
Segundo a responsável pela pesquisa, Sue Ann Costa Clemens, o estudo confirmou o que já vem sendo verificado em outras pesquisas em diferentes países. “O resultado reitera a literatura internacional de que o reforço com plataforma heteróloga [com diferentes tipos de vacinas] suscita uma maior resposta imune”, declarou.
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avaliou que a CoronaVac foi importante no período inicial de vacinação, mas lembrou que orientação da pasta foi a aplicação de outras marcas para a dose de reforço para pessoas acima de 18 anos.
Em relação às pessoas que já tomaram a dose de reforço da CoronaVac, Queiroga respondeu que a vacina eleva anticorpos. “Sendo assim eles têm proteção, menor do que da Pfizer-BioNTech, mas estamos trabalhando com secretarias do estado de São Paulo e vamos tomar a melhor conduta”, disse. Ele não adiantou que medidas serão tomadas.
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Queiroga preferiu não comentar a autorização, dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para vacinação de crianças, a partir de 5 anos, com o imunizante da Pfizer. O ministro foi questionado sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro que nessa semana, durante live em suas redes sociais, afirmou ter pedido o nome dos técnicos responsáveis pela autorização e sobre as reações da diretoria e dos servidores da agência a essa declaração, mas também preferiu não responder. “Essas outras questões não fazem parte da entrevista coletiva que estamos fazendo aqui”, reforçou.
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Marcelo Queiroga informou que o ministério está preocupado com a Região Norte, bastante atingida pela pandemia tanto na primeira quanto na segunda ondas. O ministro pontuou que ainda há estados com índices de vacinação mais baixos do que o restante do país. “Estamos mais atentos em relação à Região Norte. Todos os nossos esforços estão hoje focados em ampliar a cobertura da 2ª dose e da dose de reforço a estados onde essa cobertura está baixa. É região de dimensões continentais, áreas remotas, para que consigamos, mesmo com estrutura poderosa do Sistema Único de Saúde, vacinar povos indígenas e populações ribeirinhas”, destacou.
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