Sim, eu sei. O título desta coluna é uma máxima bastante genérica, talvez até mesmo óbvia. No entanto, frequentemente, nós que temos o privilégio de seguir nos estudos superiores acabamos nos esquecendo disso. Naturalizamos aquilo que é um sonho distante para muitos.
Chegamos em dezembro, e assim termino meu quarto semestre no curso de Jornalismo. Passaram-se algumas semanas tensas, repletas de noites maldormidas, horas intermináveis em frente ao computador e prazos sendo repetidos mentalmente a cada cinco minutos. Foi cansativo? Foi, mas não nego que dali saíram trabalhos muito interessantes.
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Passada essa etapa, tenho oficialmente metade do curso concluída. Passou rápido? É, pode ser que sim. Ainda parece que foi ontem que eu era recém um “bixo”, sem saber o que estava fazendo na faculdade. Por outro lado, foram tantas experiências nesses dois anos que parece que vivi muito mais tempo. Viajei para São Paulo, tive um filme exibido em auditório lotado, ajudei a criar um programa esportivo, fiz coberturas, conheci inúmeras pessoas (talentosíssimas!)…
E é louco pensar que talvez nem era para eu estar aqui. Mesmo tendo passado a vida toda em Santa Cruz do Sul, sempre me imaginei estudando fora, tentando a sorte em outro lugar. Até que tudo mudou.
Era fim de 2022. Reta final do Terceirão, momento de encerramento de ciclos e incertezas sobre o futuro. Uma noite, minha mãe me conta que aconteceria um concurso, chamado Aprendiz da Copa, promovido pela Rádio Gazeta FM 107,9. A iniciativa buscava novos talentos para realizarem transmissões dos jogos do Brasil na Copa do Mundo, que começaria no Qatar em algumas semanas.
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Me inscrevi, só para ver no que aquilo ia dar. Após sete jogos e diversas outras atividades, acabei me encontrando em meio aos microfones. Terminei como vencedor do concurso. Como prêmio, além de uma bolsa para entrar na universidade, ganhei um estágio na Gazeta Grupo de Comunicações. Posso dizer que aquele foi o primeiro passo de uma caminhada muito gratificante e que ainda está apenas começando.
Dois anos se passaram e cá estou eu, ainda ligado à Gazeta e seguindo firme e forte na faculdade. Estou mais maduro e acumulando vivências inesquecíveis, tudo graças àquela decisão de participar do concurso. Se não fosse assim, minha vida estaria bem diferente. Talvez em outro lugar, talvez seguindo os estudos em qualquer outra área. Seria melhor? Não tenho como dizer. Mas não me arrependo das escolhas que fiz.
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Acredito que tudo isso deixou uma lição que sempre carrego comigo: sempre que aparecer uma oportunidade, agarre e dê o seu melhor. Já diz o ditado popular: “quem não arrisca, não petisca”. Uma chance que parece algo pequeno pode te levar a lugares inimagináveis.
Voltando ao que eu disse no início do texto: sim, de fato, estudar muda vidas. Nenhuma dessas vivências teria sido possível se eu não estivesse estudando e conhecendo essas tantas possibilidades. Então, se você tem essa dádiva de poder fazer um curso superior, sobretudo em uma área que gosta, aproveite. Se for a escolha certa, jamais terá sido em vão.
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