Tecido, lã, fibra, tampinhas de garrafa, palitos, tinta. Para a maioria das pessoas, esses são apenas objetos e itens recicláveis utilizados no dia a dia. Mas para 15 alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Monte Alverne (Cema), todo esse material deu início ao projeto Brinquedos que Iluminam, que beneficiará meninos e meninas que tiveram as casas de suas famílias atingidas pela enchente.
A partir das doações, os alunos confeccionaram 31 bonecas e dez carrinhos, que serão entregues a crianças acolhidas em casas de passagem de Venâncio Aires, que tiveram seus bens perdidos durante a cheia. O projeto iniciou-se em maio e faz parte das trilhas de aprofundamento Linguagens Estruturais e Artísticas, sob coordenação da professora de Artes e Linguagens Márcia Dreissig, de 54 anos, e Práticas Culturais de Movimento, liderada pela professora de Português Martha Pranke, 52.
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Márcia conta que atuou como voluntária na limpeza de casas de Sinimbu após a enchente, inclusive acompanhada de alguns alunos, mas sentiu que precisava fazer mais pela população. “Eu tenho formação em artes e sei da importância do artesanato e de bonecas para crianças”, afirma. A partir daí, surgiu a ideia do projeto para criação de bonecas de pano e carrinhos, que foram confeccionados a partir de material fornecido pela comunidade de Monte Alverne.
A docente analisa que o projeto foi muito importante para os alunos, assim como será para as crianças que receberão os brinquedos. “Durante a montagem, alguns pareciam estar brincando na infância. A atividade trouxe memórias boas para eles”, comenta. Além de realizar a entrega das peças, os estudantes farão brincadeiras com as crianças.
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Segundo Martha, os alunos pesquisaram sobre brincadeiras antigas, organizaram uma apresentação aos colegas e também desenvolveram a prática junto à turma. A próxima etapa será a apresentação para as crianças. “Eles vão ensinar a elas brincadeiras que se via antigamente, mas hoje não muito”, adianta. A partir da pesquisa, a professora acredita que os estudantes farão um belo trabalho com os pequenos. “Eu acho que eles vão desenvolver bem, porque gostaram de trabalhar o tema em sala de aula.”
Máximo empenho nos brinquedos
Integrante da turma que realiza o trabalho, o estudante Renan da Silva, de 17 anos, diz ter gostado da iniciativa. “É um movimento muito bacana. Acredito que as crianças vão gostar, os brinquedos ficaram legais”, comenta. Afirma que a sua parte favorita do projeto foi ver os colegas empenhados na montagem dos brinquedos. “Todo mundo se ajudando”, relembra.
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O aluno Igor Dreissig, 17 anos, lamenta a situação das famílias atingidas pela enchente e diz que o momento ainda é de ajuda aos que precisam. “A iniciativa nossa e das professoras é uma forma de demonstrarmos solidariedade.” Segundo Igor, os estudantes se empenharam ao máximo para a confecção dos brinquedos. “Fizemos o que foi possível e esperamos deixar a situação um pouco mais alegre depois de tudo o que ocorreu.”
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