Estudante de medicina, liberado após pagar fiança de R$ 20 mil, é preso novamente

O estudante de medicina de Porto Alegre, detido e liberado nesta terça-feira pelo Ministério Público, foi preso novamente na manhã desta quinta-feira, 21. O homem, investigado por pedofilia envolvendo um menino de São Paulo, de 10 anos, desembolsou R$ 20 mil na fiança. O universitário, de 27 anos, não teve o nome revelado pela polícia. A instituição em que ele estuda também não foi identificada.

Mais de 12 mil fotos de crianças e adolescentes foram encontradas em um notebook durante o cumprimento de um mandado de busca na casa dele, no Bairro Bom Fim. As fotografias são de meninos e adolescentes. Todas elas estavam divididas em pastas, com nomes das crianças. Agora, as investigações querem comprovar se ele aliciava as crianças a tirarem fotos e enviarem para ele. “Diferente dos outros pedófilos, que têm imagens de crianças do leste europeu, loira, brancas e com olhos claros, as crianças que estavam no computador dele são com traços sul-americanos, brasileiros”, disse o promotor da Infância e da Juventude Júlio Almeida.

Preso em flagrante nesta quinta por “adquirir, possuir ou armazenar fotografia com cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”, a Polícia Civil pediu a prisão dele novamente, no mesmo dia em que foi liberado. Dessa vez, dois crimes foram incluídos: o mesmo do flagrante e o de “aliciar, assediar, instigar ou constranger criança com o fim de com ela praticar ato libidinoso”. Com a soma das penas previstas, um segundo pagamento da fiança foi inviabilizado.

Ele deve ter os R$ 20 mil devolvidos pela Justiça. O homem já está no Presídio Central, na ala comum. Quando foi preso pela primeira vez, o acadêmico do sétimo semestre encerrava um plantão do centro obstétrico do hospital onde trabalhava, por volta das 6h30.

Investigações

As investigações começaram em São Paulo, quando o pai de um menino de 10 anos encontrou um diálogo com conotação sexual entre o filho e um perfil falso nas redes sociais. Com a denúncia, a Polícia Civil chegou ao estudante e entrou em contato com o Ministério Público do Rio Grande do Sul.