O cenário atual provocado pela pandemia do coronavírus trouxe a preocupação com a saúde e, também, uma série de efeitos no organismo causados pela elevada carga de estresse que boa parte da população está vivendo. O fenômeno nesse caso é chamado cientificamente de Eflúvio Telógeno.
Essa queda de cabelo causada pelo estresse ocorre por uma alteração no ciclo normal dos fios, segundo a médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Nathália Matas Solés Masiero. Todos os fios do nosso cabelo passam por 3 fases: a primeira, chamada Anágena, é a fase em que as células da matriz do folículo piloso estão proliferando intensamente. Ela dura de 2 a 6 anos e determina o comprimento final do fio. Quanto mais tempo esta fase durar, mas longo será o fio. Depois, ele pára de crescer! É a Fase Catágena. A seguir, cerca de 10% do cabelo entra na Fase Telógena, que é quando esses fios se preparam para cair e iniciar um novo ciclo.
“Quando algum fator altera esse ciclo normal, a duração das fases muda e isso causa uma queda maior do que o esperado. Em média, é normal que se desprendam do couro cabeludo cerca de 100 a 150 fios por dia. Percebemos a queda dos fios após lavar ou pentear os cabelos, geralmente, porque esses fios já estavam prontos para se soltar. Mas, quando algo desregula esse ciclo, como um momento de forte estresse, por exemplo, muitos fios que deveriam estar crescendo, já passam em seguida para a fase telógena e caem”, explica.
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Além do estresse, são causas comuns de queda de cabelo: anemia, alterações da tireóide e falta de vitamina D. Por isso, ao perceber que está perdendo mais fios de cabelo por dia do que costumava ser o seu normal, é indicado procurar o seu dermatologista para que seja feita uma investigação da provável causa e também o correto tratamento.
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