A Brigada Militar de Gravataí prendeu um homem, nesse sábado, 18, em uma paróquia, por favorecimento à prostituição. Walter Frederico Garcez, que também atendia pelo nome Nicolau Matescu, teria atuado como voluntário, por nove meses, no Centro Social Marista Boa Esperança, em Santa Cruz do Sul. A polícia chegou ao suspeito depois da denúncia de três mães. O homem teria oferecido dinheiro para ter encontros com meninos da Região Metropolitana. Garcez seria natural da Romênia e teria fugido com o pai para o Uruguai ainda criança, época em que foi registrado com esse nome. No entanto, nas redes sociais ele se apresenta como Nicolau Matescu.

De acordo com a polícia, o homem atuava como psicólogo e atendia crianças e adolescentes de quatro escolas de Gravataí. A denúncia do crime aconteceu após uma mãe desconfiar da exigência dele em ficar sozinho com o filho. Depois disso, a mulher teria se passado pela criança para responder mensagens do estrangeiro no celular. Segundo a BM, ele oferecia R$ 100,00 para cada contato de telefone repassado por meninos e R$ 250,00 quando o contato gerava um envolvimento maior. Garcez também deve ser investigado por pedofilia. 

Em nota, o Centro Social Marista, da Rede Marista, informou que, em Santa Cruz, o acusado atuou de forma voluntária, prestando acompanhamento psicossocial a famílias e crianças da comunidade, duas vezes por semana. Ele teria optado em mudar de município em fevereiro de 2017. “Embora não tenhamos recebido relatos de atuação inadequada, colocamo-nos inteiramente à disposição dos órgãos públicos para contribuir com a investigação. Nossa atuação é pautada por valores sólidos e rechaçamos qualquer conduta que coloque em risco a integridade de crianças e adolescentes. Além disso, toda a atuação de voluntários é supervisionada por profissionais que trabalham em nossas unidades”, esclareceu no comunicado.

Segundo o informativo, o Centro Social Marista Boa Esperança atua desde 1998 em Santa Cruz do Sul, no Bairro Santa Vitória, e atende, gratuitamente, cerca de 120 crianças de 6 a 14 anos, no turno inverso ao da escola.