O longo período de estiagem que atinge o Estado e o calor constante deixam diversos municípios na iminência de um possível desabastecimento, inclusive na região. Em Candelária, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) está em alerta quanto ao baixo nível do Rio Pardo. A captação pode ser afetada caso continue a queda no volume de água.
A medição nesse ponto, que normalmente é de 2,80 metros, atualmente encontra-se 70 centímetros abaixo. Em alguns locais da Prainha, o Rio Pardo mais parece um córrego.
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O gestor da unidade local da Corsan, Juanei Antonelli, ressalta que, embora a situação seja preocupante, o abastecimento está sendo mantido normalmente. “Ainda não precisamos fazer nenhuma manobra no sistema móvel de captação. A bomba, que pode ser deslocada, segue na mesma posição.”
Entretanto, o gestor reforça que é imprescindível a colaboração de todos, com a adoção de hábitos de consumo racional e consciente da água, priorizando o consumo humano e necessidades básicas.
“A orientação é para que todos economizem, evitem trocar a água da piscina, lavar calçadas e outros locais que possam gerar desperdício. Ainda não estamos racionalizando, mas se a estiagem persistir por mais tempo, essa medida poderá ser adotada.”
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PREJUÍZOS
As chuvas que atingiram a região em alguns períodos na semana passada não foram suficientes para acabar com os problemas da estiagem. A quebra é de em torno de 5% nas lavouras de arroz, 30% de tabaco, 40% na soja e 50% no milho safrinha.
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Mas o secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca de Candelária, Anselmo Vanderli da Silveira, o Wandi, afirma que a perda pode chegar a 100% no milho safrinha se não chover até o fim do mês.
Segundo Wandi, a soja, principal cultura do município, é uma das mais atingidas. “Há produtores que plantaram na resteva do tabaco e vão perder o trabalho. Eles vão semear aveia por cima.” Na próxima sexta-feira, lideranças do Conselho Agropecuário vão se reunir no Sindicato Rural para apresentar uma nova dimensão da estiagem, às 14 horas.
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