A COP26 teve uma enorme repercussão e nos convidou a revisitar os compromissos assumidos com o futuro do mundo. A sustentabilidade, a diversidade e a igualdade social são pautas aquecidas e certamente a sociedade está despertando para suas responsabilidades para com a vida do futuro.
Será que estamos mesmo interessados e comprometidos com o futuro que queremos? O futuro existe em diferentes tempos, segundo a disciplina de Estudos de Futuros, minha expertise.
Nas diferentes rodas de conversa, há perfis que demonstram maior interesse em novos temas e em assuntos ligados ao futuro. As mulheres, por exemplo, ainda são minoria mas muito mais abertas e interessadas em aprender do que os homens. Os jovens executivos também entram em cena com menos arrogância do que a geração de seniores, que ainda detêm o dinheiro mas não mais o poder.
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Muitos ainda confundem futuro com inovação e imaginam que fazer adaptações de acordo com as novas demandas do mercado leva a empresa para a posição de Future Ready, termo que usamos para verificar a prontidão de profissionais e empresas para o futuro de longo prazo.
O futuro está no longo prazo, não nos próximos anos, apenas operacionais. O pensamento de futuro precisa ser estratégico porque as transformações precisam de tempo.
Quando o papo é futuro, muitos mostram que não sabem falar sobre o assunto de forma pragmática, talvez porque presumem que já sabem muito ou porque acham que não precisam ouvir mais sobre isso. Talvez haja medo de enfrentar o desconhecido, preocupação em proteger o que existe, o que foi conquistado, mas especialmente pode haver uma clara tentativa de manter um saber sobre como o mundo funciona para continuar detendo o poder antes garantido e agora severamente ameaçado.
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Os executivos ainda estão com foco excessivo na política e na economia, mas a visão ampliada passou a ser essencial para que se tenha clareza sobre as mudanças que já estão em andamento acelerado. As decisões do presente precisam ser melhores do que as que tomamos no passado e elas exigem urgência. Podemos criar o futuro que queremos se começarmos agora. Podemos criar o mercado futuro antes que as disrupções impactem o negócio atual de maneira radical, algo difícil de explicar para quem é leigo no assunto futuro pragmático.
Estamos cansados de estrategistas que fingem entender de todos os assuntos do novo mundo, que mostram um compromisso não sustentável com as novas premissas do planeta mas que, no fundo, trabalham fortemente para continuar no topo e na vida confortável que criaram. O século 21 busca executivos corajosos e capazes de ir além do que já viveram ou do que já sabem até hoje. Líderes abertos que aceitem aprender como se antecipar ao futuro em vez de só responder às novas demandas da sociedade.
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