Um atendimento na área de serviço social da Secretaria da Habitação e Regularização Fundiária de Santa Cruz do Sul resultou em registro de ocorrência contra o vereador Hilário Juares da Silva (PSD). A estagiária que fez a recepção da cidadã encaminhada pelo legislador reclamou da forma como teria sido tratada. A servidora relata que o parlamentar acompanhava uma mulher que seria atendida. Ele teria entrado na sala de acolhimento sem a triagem, que é o procedimento habitual. “Disse a ele que as informações eram sigilosas e ele retrucou, alterando a voz e dizendo que iria levar isso para a Câmara”, conta.
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Acrescenta que ao fazer o questionamento padrão para a cidadã, que buscava benefício público, a conversa era interrompida por Silva, que dava as respostas. “Perguntei a ela há quanto tempo estava fora do mercado de trabalho. Foi quando ele alterou a voz, dizendo que meu atendimento era como de uma presidiária, olhando fixamente para minha tatuagem e, em seguida, dizendo que meu atendimento não era profissional – isso já em alto tom ameaçador”, descreve.
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Diante dessa situação, a estagiária teria levantado da cadeira e pedido para o vereador se retirar. Conta que foi necessário que outras colegas e os “homens da secretaria” fossem até a porta, momento em que Silva saiu. A jovem diz que os legisladores costumam explicar sobre o serviço da secretaria e orientam o usuário para que compareçam ao local, mas sem interferir no pedido.
Silva conta que foi procurado por uma cidadã do Bairro Santa Vitória, que precisava de madeira para a construção de uma casa. “As pessoas que nos procuram, às vezes, são reservadas e não conhecem como funciona. Então, costumo ir para auxiliar a fazerem o protocolo com o seu pedido”, explica.
Ele conta que estava na sala com a moradora e a estagiária fazia as perguntas em baixo tom de voz, o que teria motivado – o que chamou de brincadeira – a frase “parece atendimento de presídio”. Sem ter ciência de que havia sido feito um registro na polícia, o vereador reforça que não quis ofender a servidora e entende que as pessoas podem estar em um dia ruim. “Levei a moradora no meu dever como vereador, que é auxiliar as pessoas que não se sentem confortáveis”, ressalta. Silva contraria a estagiária, que disse ter sido necessária a presença de outros profissionais da secretaria para que se retirasse. “Saí e aguardei a cidadã”, diz.
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Próximo de completar 66 anos, Silva garante que respeita as pessoas, em especial as mulheres, e lamenta que isso tenha ocorrido, porque não conhece a moça que fez o atendimento e sentiu-se ofendida com a situação. Em relação ao pedido da moradora, deve ser avaliado pela pasta.
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