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SEGURANÇA

Estado transfere 17 apenados para a Pasc e desarticula comércio ilegal no entorno do Complexo Prisional de Canoas

Há suspeitas de que as tendas no entorno do Complexo de Canoas eram utilizadas para transmitir sinal de celular para os apenados | Foto: Jonathan Silva/Ascom Polícia Penal

Duas operações realizadas pelo governo do Estado entre a noite de quinta-feira, 28, e a madrugada desta sexta-feira, 29, mobilizaram dezenas de agentes da Polícia Penal, da Brigada Militar e da Polícia Civil para dar uma resposta firme à criminalidade. As medidas integram o plano de ação para o início da ocupação do Módulo de Segurança Máxima da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) e garantem mais proteção para o Complexo Prisional de Canoas. 

Na primeira operação, foram transferidos 17 apenados do Complexo Prisional de Canoas para Charqueadas. A movimentação dos detentos ocorreu porque foi concluída a instalação e a homologação dos bloqueadores de celulares na Pasc. A ausência do dispositivo tinha ocasionado a transferência dos mesmos apenados para o Complexo Prisional de Canoas. Ao todo, 23 unidades do Estado receberão os equipamentos. O valor total do contrato é de R$ 28 milhões.

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A ação da noite de quinta-feira envolveu servidores penitenciários do Grupo de Ações Especiais, dos Grupos de Intervenção Rápida das 1ª, 5ª e 6ª Regiões Penitenciárias, da Divisão de Segurança e Escolta e da Inteligência Penitenciária, todos da Polícia Penal, com apoio da Brigada Militar e da Polícia Civil.

O titular da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Luiz Henrique Viana, destacou o papel estratégico da Polícia Penal e demais forças de segurança no enfrentamento ao crime organizado. “A integração e o diálogo contínuo entre os diversos agentes da segurança pública do Rio Grande do Sul têm gerado resultados concretos, refletidos na redução dos índices de violência no Estado. Essa ação é parte de um conjunto de iniciativas do governo voltadas ao combate efetivo ao crime organizado”, ressaltou Viana.

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O superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz, falou sobre a importância desse momento. “A conclusão da instalação dos bloqueadores de celular na Pasc, além da autorização do seu uso, é um marco no enfrentamento ao crime organizado. Isso se soma ao Módulo de Segurança Máxima que contribuirá para desarticulação dessas organizações”, concluiu.

A movimentação dos detentos ocorreu porque foi concluída a instalação e homologação dos bloqueadores de celulares na Pasc | Foto: Jonathan Silva/Ascom Polícia Penal

A Pasc passará a contar com um módulo de segurança máxima, com 76 celas individuais destinadas, prioritariamente, para líderes de grupos criminosos envolvidos com homicídios dolosos, inviabilizando, a partir do isolamento, qualquer tipo de comunicação. Iniciada em 2022, a construção do novo módulo foi possível a partir de um investimento do governo do Estado de aproximadamente R$ 30 milhões.

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A partir da instalação da 3ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Porto Alegre (3ª VEC/POA), programada para esta sexta-feira, 29, a Polícia Penal passará a solicitar as autorizações judiciais para a utilização do novo espaço.

Desarticulação do comércio ilegal no entorno do Complexo Prisional de Canoas

A segunda operação começou no início da madrugada desta sexta-feira e se estendeu até o amanhecer. A Polícia Penal, a Brigada Militar e a Polícia Civil desarticularam o comércio ilegal instalado no entorno do Complexo Prisional de Canoas. Há suspeita de que pessoas utilizavam barracas e tendas montadas em frente à unidade para transmitirem sinal de celular para apenados, além de fazerem a venda de produtos sem autorização da prefeitura.

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O comércio visava atender aos familiares de pessoas privadas de liberdade, com a venda de produtos alimentícios e outros itens, e poderia servir como esconderijo dos aparelhos transmissores de sinal de internet. Para Viana, a ação auxilia na promoção da segurança dentro e fora do estabelecimento prisional. “O entorno de uma unidade também precisa estar sob controle, de forma que haja conhecimento acerca das movimentações e atividades realizadas a fim de preservar a integridade dos servidores, dos apenados e de seus familiares”, acrescentou.

A operação no Complexo de Canoas começou na madrugada se estendeu até o amanhecer de sexta-feira | Foto: Jonathan Silva/Ascom Polícia Penal

A decisão de realizar o procedimento foi tomada em reuniões que ocorreram no gabinete do vice-governador Gabriel Souza, enquanto estava respondendo como governador em exercício, com a presença de autoridades estaduais e municipais. Entre as demais medidas imediatas de segurança estão o patrulhamento do local durante 24 horas por dia pela Brigada Militar e o incremento, pela Prefeitura de Canoas, do monitoramento por câmeras nas imediações do complexo prisional e a sua conexão com o cercamento eletrônico do Estado.

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Historicamente, o entorno dos presídios é ponto de apoio para familiares e visitantes. No caso do Complexo Prisional de Canoas, já existem, no lado externo, banheiros químicos para uso dos visitantes, que permanecerão disponíveis. Além  disso, há um abrigo de visitas em frente à Penitenciária Estadual Canoas (Pecan 1) que conta com cobertura, bancos e banheiros.

A Polícia Penal trabalha ainda em um projeto de construção de um abrigo de visitas para o complexo, com o objetivo de prestar melhor assistência às famílias de apenados. O espaço, nos mesmos moldes do que existe na Penitenciária Estadual de Charqueadas 2, com cobertura, banheiros e pias, garantirá a infraestrutura necessária para dar conforto aos familiares no período em que aguardam a hora de entrada no estabelecimento prisional. A proposta está em fase final de licitação, e uma empresa deve ser contratada nos próximos meses.

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Ao todo, 17 tendas foram retiradas do local. Todos os bens confiscados poderão ser retirados pelos proprietários a partir da próxima segunda-feira, 2, na 1ª Delegacia Penitenciária Regional, em Canoas. Durante a operação, o Grupo de Ações Especiais efetuou a prisão de duas pessoas que tentavam entregar ilícitos na penitenciária com o uso de drones.

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