A alta no número de mortes no Rio Grande do Sul no mês de março provocou um fenômeno inesperado. Pela primeira vez na história, o Estado registrou mais óbitos que nascimentos, sendo o único do País a registrar este fenômeno no mês de março. Com 15.802 óbitos e 11.971 nascimentos, a diferença entre ambos ficou em 3.831 registros, o que equivale a 24% óbitos a mais do que nascimento, e uma redução de 71% na diferença entre ambos desde o início da pandemia em março de 2020.
Os dados constam do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
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A diferença entre os dois registros já vinha caindo ao longo do tempo, mas acelerou vertiginosamente com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Em 2003, no início da série história esta diferença era de mais de 100%, baixando para 83% na década de 2010 e abrindo 2020 com diferença na casa dos 60%. Com o início da pandemia, baixou para 47% em março, caindo para 20% em julho, 14% em dezembro e agora chegando à inédita taxa de 24% mais óbitos do que nascimentos.
“O aumento de mortes causado pela pandemia fez com que notássemos nos Cartórios de Registro Civil essa redução entre os números de nascimentos e mortes. No mês de março, por exemplo, vimos essa explosão de mortes com o agravamento da pandemia”, disse o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio Grande do Sul (Arpen/RS), Sidnei Hofer Birmann.
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No Brasil, a alta no número de mortes no mês de março fez com que a diferença entre os números de nascimentos e óbitos atingisse o menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 227.877 nascimentos e 179.938 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 47.939 atos, o que equivale a 27%, e uma redução histórica de 72% desde o início da pandemia em março de 2020.
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