O Rio Grande do Sul registrou os primeiros óbitos por Covid-19 com resultados indicativos para a variante ômicron do coronavírus. Tratam-se de residentes dos municípios de Sapiranga (homem de 88 anos) e Progresso (mulher de 86 anos). Ao todo, o Rio Grande do Sul já identificou 264 casos confirmados ou sugestivos para essa linhagem, distribuídos em 46 municípios.
Os dois pacientes tiveram início de sintomas nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, com os óbitos ocorrendo em 2 e 5 de janeiro, respectivamente. Ambos eram vacinados contra a Covid-19 e apresentavam comorbidades. O Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) realizou os exames que identificaram a variante.
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A ômicron foi identificada originalmente na África do Sul e é apontada como a responsável pelo súbito aumento de casos em vários países, fenômeno também percebido no Rio Grande do Sul nas últimas semanas. A declaração desses dois óbitos alerta para a importância de serem mantidas e reforçadas as medidas de prevenção: completar o esquema vacinal e as doses de reforço, usar máscara e evitar aglomerações.
Entre os casos identificados da variante ômicron, 21 foram confirmados por sequenciamento completo, método mais preciso pelo qual é feita a leitura de toda a cadeia genômica do vírus. Os demais 243 são considerados sugestivos, caracterizados pelas amostras que tiveram o diagnóstico pelo exame de RT-PCR que identifica parcialmente a variante ou aqueles casos que foram confirmados por serem de pessoas com sintomas e que sejam contato desses casos sugestivos.
Além do Lacen/RS, outras instituições no Estado têm laboratórios capacitados para essa análise sugestiva ou para o sequenciamento completo, como o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) – que também faz parte do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) –, a Universidade Feevale, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Hospital Moinhos de Vento. Todos os laboratórios realizam a testagem dos casos por amostragem, já que, por ser um exame de maior complexidade e com insumos específicos, não há capacidade para quem sejam analisadas todas as amostras de pessoas com Covid-19.
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