Cem servidores e técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, da Emater e do Ministério da Agricultura tiveram um treinamento, por videoconferência, para prevenção e controle do gafanhoto. A capacitação foi organizada pelo Ministério da Agricultura.
“Mesmo com chances remotas da nuvem de gafanhotos chegar ao território gaúcho, estamos fazendo a nossa parte para preparar o Estado para o enfrentamento. Esperamos que não seja necessário, mas se vierem, estaremos prontos para agir”, afirmou o secretário da Agricultura, Covatti Filho.
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Os palestrantes do curso foram os entomologistas e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Clerison Perini, que falou sobre espécie e fisiologia da migração do gafanhoto, e Jerson Guedes, que abordou monitoramento, controle e risco. Também participou o entomologista e pesquisador da Embrapa Clima Temperado Dori Nava, com o tema biologia, hospedeiros e ecologia.
“O treinamento foi muito importante para aprimorar o conhecimento da espécie e possibilitar nivelamento do conhecimento entre os técnicos que estão trabalhando diretamente com esta questão. Inclusive para definir as estratégias de manejo”, afirma Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.
Os gafanhotos são polífagos e se alimentam de uma grande variedade de plantas nativas e cultivadas. É uma das poucas espécies que forma densa nuvens migratórias. As asas são rendadas e a coloração geral envolve diversos tons de marrom.
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De acordo com o “Manual de Procedimentos gerais para o controle da praga Schistocerca Cancellata” publicado pelo Ministério da Agricultura em junho deste ano, o monitoramento dos gafanhotos jovens (ninfas) deve ser feito no solo, já que não conseguem voar, realizando aplicações com inseticidas em faixas. Quando adultos, podem ser tratados por via aérea ou por terra com o uso de atomizadores do tipo canhão. É recomendando a aplicação com a nuvem de gafanhotos espacialmente localizada.
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Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão em estado de emergência fitossanitária desde 25 de junho por determinação do ministério. A medida é preventiva e deve durar um ano.
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A medida foi tomada após alerta foi dado pelo governo argentino no final de junho, ao acompanhar o deslocamento de uma nuvem de gafanhotos em direção ao sul do Brasil. A nuvem permanece com baixa mobilidade, localizando-se na província argentina de Corrientes. Mas de acordo com Felicetti, a secretaria segue em alerta monitorando a situação.
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