Após oito anos de espera, a Secretaria Estadual da Educação se comprometeu em incluir a obra do novo prédio da Escola José Mânica, em Santa Cruz, no orçamento de 2021. A previsão é de que a construção se inicie em maio.
A obra é aguardada desde 2012, quando o prédio principal do educandário, que fica no Bairro Esmeralda, teve que ser interditado e demolido. Atualmente, dos 495 alunos, cerca de 300 têm aulas em salas modulares, que foram inauguradas sete meses após a interdição como uma solução provisória e hoje estão em condições precárias.
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O assunto foi discutido na manhã dessa terça-feira, 1°, quando uma comitiva da escola foi recebida pelo secretário Faisal Karam em Porto Alegre. Na reunião, que foi articulada pelo vereador Carlão Smidt (PSDB), integrantes da direção e do Círculo de Pais e Mestres (CPM) relataram a situação crítica da instituição e cobraram a definição de um prazo para que a obra saia do papel.
Karam informou que os projetos arquitetônico e hidráulico do novo prédio já estão finalizados e o projeto elétrico deve ser concluído ainda nesta semana. Agora será elaborado o planejamento orçamentário, o que deve levar 60 dias. Apesar disso, a obra não seria priorizada no orçamento do ano que vem em razão de demandas de outras localidades. Porém, segundo a diretora Daiane Lopes, após ouvir a exposição, o secretário reconheceu a urgência e assumiu o compromisso de incluí-la. “Eles viram que o Mânica tem mais necessidade do que algumas escolas que estavam previstas para o próximo ano”, contou.
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Conforme Daiane, as expectativas são positivas. “Já sentimos esperança em outros momentos, mas dessa vez vimos que houve um avanço em relação ao ano passado, os trâmites começaram a andar de forma mais rápida”, alegou. Também animou os gestores o fato de o presidente da Câmara de Vereadores e vice-prefeito eleito, Elstor Desbessell (PL), que também estava presente, ter acenado com a possibilidade de a Prefeitura apoiar financeiramente a obra.
Também participaram da reunião a vice-diretora Giovana Mendes, o coordenador regional de Educação, Luiz Ricardo Pinho de Moura, o advogado Roberto Alexandre dos Santos e a presidente do CPM, Aline Ebert.
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O novo prédio deve ser construído na mesma área do que foi demolido em 2012. Segundo a diretora Daiane Lopes, o projeto prevê uma estrutura básica, com dez salas de aula e ambientes para os setores administrativos, biblioteca, refeitório e laboratórios de informática, química e física. Atualmente, o refeitório funciona em um contêiner que é alugado pelo Estado por R$ 8 mil mensais. Desde 2015, já foram gastos R$ 480 mil com a locação.
As más condições da estrutura modular, cujo prazo de validade venceu há quatro anos, impediram que o Mânica retomasse as aulas presenciais neste ano. Além da limitação de espaço, haveria dificuldades para a higienização das salas. “Alguns alunos teriam que ficar grudados nas paredes. Mas como as paredes são de gesso acartonado, não podemos usar lava-jato nem molhar. Além disso, não é possível ligar o ar-condicionado nas salas, o que torna impossível realizar as aulas ali porque o calor é muito forte”, alegou a diretora Daiane Lopes.
No ano passado, o Círculo de Pais e Mestres ajuizou uma ação civil pública contra o Estado para pedir o início imediato das obras. Até agora, não houve julgamento.
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