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Estado Islâmico reivindica atentados na Síria; 145 pessoas morreram

Pelo menos 145 pessoas morreram nesta segunda-feira, 23, e cerca de 200 ficaram feridas em duas séries de atentados nas cidades costeiras de Tartus e Jableh, no noroeste da Síria, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A organização de direitos humanos informa que em Jableh, pelo menos 97 pessoas morreram depois de quatro explosões. Na cidade de Tartus, ocorreram as demais mortes, após três explosões. Já os meios de comunicação oficiais dão conta de apenas 78 mortos nas duas séries de atentados.

As explosões em Jableh ocorreram em um terminal de ônibus, próximo à Direção-Geral de Eletricidade e de um hospital. Em Tartus, um carro-bomba explodiu próximo à entrada de outro terminal de ônibus. Em uma ação organizada, dois suicidas detonaram explosivos no interior da mesma estação.

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O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou os atentados através da agência Amaq, ligada à organização terrorista: “Ataques conduzidos por combatentes do Estado Islâmico atingiram locais alauitas [comunidade religiosa à qual pertence o presidente sírio, Bashar al-Assad] nas cidades de Tartus e Jableh, na costa síria”, indicou a Amaq.

A emissora estatal síria, no entanto, assegurou que os ataques foram perpetrados pelo grupo armado Movimento Islâmico dos Livres de Sham, que não confirma a autoria dos atentados.

Os ataques de hoje são os primeiros deste tipo registrados em redutos costeiros do regime sírio, onde vive grande parte da minoria alauita, no poder, e onde os níveis de violência sempre foram comparativamente menores em relação ao resto do país, desde o início do conflito em março de 2011.

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