A assinatura do contrato que firma a cedência do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo para o governo do Estado pelos próximos 20 anos ocorreu na manhã desta terça-feira, 13, no Centro Regional de Cultura, em Rio Pardo. A medida foi acertada no decorrer da Operação Camilo, chefiada pelo Ministério Público (MP).
Em maio de 2020, foram cumpridas 129 medidas judiciais que resultaram na prisão de 15 pessoas, entre elas, o então prefeito de Rio Pardo, Rafael Barros, e o procurador do município na época, Milton Coelho, que passaram menos de dois meses na cadeia, soltos após o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) conceder o habeas corpus a ambos. Ao todo, 33 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal, em um esquema de fraude na contratação de serviços de saúde que, segundo a investigação, desviou R$ 15 milhões dos cofres públicos em plena pandemia de Covid-19.
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A secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann, garantiu que, com a nova gestão, o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo poderá oferecer novamente serviços de qualidade para a população. A casa de saúde atende cerca de 215 mil pessoas por ano em atendimentos de urgência e emergência, com especialidades de traumato-ortopedia e cirurgia geral.
Durante a cerimônia de assinatura do contrato, a secretária anunciou o investimento de R$ 5 milhões no Hospital Regional, para reformas no bloco cirúrgico e compra de equipamentos. Arita Bergmann destacou que a casa de saúde tem potencial para se tornar uma referência no atendimento ao público, como os hospitais de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. “O hospital tem que estar dentro de uma estrutura de organização da assistência hospitalar da região, porque temos grandes equipamentos em Santa Cruz. Mas agora, mas vamos poder e teremos um grande equipamento, que é o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo.”
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O ex-prefeito e deputado estadual eleito, Edvilson Brum, definiu a cerimônia como um momento histórico para o município. “É um marco para toda região. Com exceção de Santa Cruz e Venâncio, Rio Pardo atende os mais de 200 mil de habitantes da nossa região e precisamos dar resolutividade para as pessoas que procuram o atendimento na saúde. Mais importante é o desafio que temos daqui pra frente, de tornar o hospital melhor do que era antes de ter sido roubado”, destacou o ex-prefeito.
A coordenadora regional de Saúde, Mariluci Reis, destacou que existem exemplos positivos de intervenção na saúde pelo Estado. “Esse hospital vinha de muitos problemas, então a decisão de fazer a transferência na cessão de uso ao Estado é uma nova era na saúde regional. Esse hospital vai crescer. Temos conhecimento de hospitais como Taquara, que num molde semelhante, teve um crescimento muito bom”, acrescentou.
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