O pedido de reajuste da passagem de ônibus urbano em Santa Cruz do Sul para R$ 4,65 é considerado como abusivo para o Ministério Público. “Esse aumento soa, de certa forma, abusivo. Nós teremos, no intervalo de dois reajustes desde que houve o novo contrato, acréscimo de mais de 50%. A partir dos R$ 3,00 que era, passou para R$ 3,50 com o novo contrato e, agora, temos uma estimativa de R$ 4,65, ou seja, mais de 50% em um curto período, em que, certamente, os índices da inflação não chegaram nem perto disso”, afirmou o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta segunda-feira, 28.
O promotor se reúne com integrantes da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) na tarde desta terça-feira, quando pretende ter conhecimento do cálculo utilizado para definição da nova tarifa. “Espero que ali eu já tenha ciência do valor do cálculo. Vou procurar, neste espaço que estão abrindo, sensibilizá-los naquela linha do que estamos insistindo há um bom tempo, de que os critérios sejam de Santa Cruz, que são positivos em relação ao resto do País” explicou.
A expectativa é de que a Agerst bata o martelo na definição do valor na quarta-feira, 30. Barin afirma que, caso não seja possível equilibrar o reajuste junto à agência ou à Prefeitura, deve tratar a questão judicialmente. “Por ser serviço público, o prefeito Telmo Kirst não tem atuação meramente passiva. Ele pode agir para restabelecer o equilíbrio do contrato”, disse o promotor.
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O Consórcio TCS protocolou junto à Agerst o pedido de reajuste anual das passagens de ônibus urbano para R$ 4,65, um aumento de 16,25% em relação à tarifa em vigor, de R$ 4,00. A proposta deve ser aplicada a partir de 4 de fevereiro, data-base para reajuste anual.
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