Colunistas

Essa tal felicidade

Felicidade é um tema que apaixona há muito tempo. É, de longe, o verbete que resume o maior conteúdo da literatura mundial. Basta pesquisar para comprovar esse fenômeno. Por envolver subjetividade em grau máximo é assunto que divide opiniões, a partir de um fator básico: a definição do que é, afinal, essa tal felicidade, tão buscada e que, como uma sombra, quanto mais perseguida, menos é alcançada.

Vivemos tempos de comunicação instantânea e constante. É resultado da proliferação de ferramentas tecnológicas novas que surgem todos os dias e que permitem proximidade, sem importar a distância. Paradoxalmente, sentimentos como solidão, depressão, abandono e desânimo estão cada vez mais presentes no cotidiano. Esse ambiente tem sido turbinado pelo recrudescimento da pandemia, uma ameaça que tão cedo não nos deixará. A saúde mental está na ordem do dia.

Há muito que o conceito de felicidade como “estado de graça permanente” deixou de ser objetivo de vida. Afinal, é uma meta impossível de alcançar. A velocidade incontrolável desta “ditadura tecnológica” impõe um cotidiano de busca de equilíbrio, sensatez e de práticas para atenuar os efeitos devastadores do ritmo de vida.

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Atividades físicas, prática de ioga, meditação e alimentação saudável são portos seguros a serem buscados para frear a correria do dia a dia. Um comportamento mais exotérico já não é visto como estranho, sendo incorporado na agenda de saúde mental.

“Ando devagar porque já tive pressa / E levo esse sorriso / Porque já chorei demais / Hoje me sinto mais forte / Mais feliz, quem sabe / Só levo a certeza / De que muito pouco sei / Ou nada sei”. Esse trecho, extraído do sucesso de Tocando em Frente, de Almir Sater, lançado há 30 anos e que retornou com força na recém-finda novela Pantanal, sintetiza o momento que vivo.

É um desafio diário compatibilizar o ânimo necessário para seguir adiante e superar obstáculos com a devida prudência para não alimentar falsas ilusões de objetivos inalcançáveis. A isto, some-se a importância de dosar energias, afinal, é elemento que míngua com o passar do tempo.  Nas redes sociais, a felicidade é onipresente. É simbolizada pela proliferação de sorrisos, paisagens paradisíacas e gente bonita, elegante e sincera.

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“Na grande lata de lixo da comunicação moderna” – como escreveu o cirurgião torácico e craque nas letras J. J.Camargo recentemente no artigo “Crise de confiança” – é preciso ler e interpretar os conteúdos que chegam a nós. Isso exige proceder com equilíbrio, parcimônia e senso crítico. Nessa intrincada receita é necessário, sempre, dosar cada ingrediente com olhar apurado. Afinal, como reza o conselho milenar, a diferença entre remédio e veneno é a dose.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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