No momento em que as atenções se voltam para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, que começam dia 5, a coluna recorda que vários esportes olímpicos foram praticados em Santa Cruz do Sul no início do século 20. Treinadores alemães orientavam os atletas.

Os principais centros eram o Colégio Mauá (Deutsche Synodal Schule) e a Sociedade Ginástica (Turnhalle Santa Cruz). No fachada do prédio histórico do educandário, na Rua Borges de Medeiros, 399, a inscrição “Mens sana in corpore sano” resiste ao tempo.

Na Ginástica, o busto do alemão Friedrich Jahn (1788-1852), o pai da ginástica esportiva, era destaque na entrada. Todas as iniciativas acabaram sufocadas com a 2ª Guerra Mundial.

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A ginástica esportiva foi uma febre. A Ginástica participava do Turnwerein, liga que envolvia as cidades gaúchas que também se dedicavam a esta modalidade.

No campo do Mauá, havia pistas de corrida e quadras de vôlei, basquete, futebol, salto em altura e distância. O estádio do FC Santa Cruz também disponibilizava espaço para treinamentos destas modalidades e outras, como arremesso de disco e dardo.

Nos fundos da Ginástica, existia um salão (Turnhalle) com aparelhos como barras, plinto, paralelas, cavalo, argolas e outras. Havia esgrima, ginástica rítmica, vôlei e basquete.

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Atletas como Anny Quatke, Walter Dreyer e Hugo Iserhardt estavam entre os mais laureados. Os técnicos alemães Ernst Schmiedel, Martin Boysen e Harry Wieck eram estrelas na cidade.

Pesquisa: Arquivo Gazeta


Fotos mostram que público de terno e gravata acompanhava as competições na cidade.
Atletas exibiam suas qualidades nos shows de ginástica esportiva

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Fotos: Hugo Kuhn/Arquivo Gazeta

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