Garantir a saúde e o bem-estar dos animais é fundamental para que eles vivam bem. Por isso, quando surgir um sintoma que altere o comportamento e a rotina deles, é importante ficar atento. Mais comum em gatos, a esporotricose, também conhecida como doença dos jardineiros, é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, comumente encontrado no solo, nas cascas de árvores e na superfície das plantas. A contaminação ocorre através de feridas abertas e de corpos estranhos penetrantes, como os espinhos.
É por isso, conforme apontam diversas publicações da medicina veterinária, que os gatos, por terem o hábito de enterrar os dejetos no solo e arranhar madeiras e caules de árvores, têm mais chances de entrar em contato com o fungo no ambiente. Assim sendo, são considerados como os principais agentes de disseminação da doença. No entanto, os cães também podem se contaminar, bem como as pessoas, já que a esporotricose é uma zoonose. Os sintomas podem ser percebidos quando o animal apresentar lesões na pele que não cicatrizam e pioram rapidamente. Depois que ocorre a contaminação, as lesões atingem a epiderme, a derme, os músculos e até os ossos dos animais.
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Nos cães, a forma mais comum é a cutânea, mas nos gatos costuma evoluir rapidamente para a forma disseminada. Por esse motivo, a recomendação é que, ao suspeitarem da doença, os tutores procurem imediatamente o atendimento de um veterinário. Afinal, quanto mais cedo for diagnosticada a esporotricose, maior será a chance de cura e menor a possibilidade de transmissão.
De acordo com o médico-veterinário Sandro Lima, da clínica Fernando Panke, de Santa Cruz do Sul, quando o tutor desconfiar de que o pet possa estar com a doença e levá-lo ao veterinário, é importante que relate o histórico do animal, se ele se envolveu em alguma briga ou se entrou em contato com a terra. Isso, conforme explica, ajudará o veterinário a chegar mais rápido ao diagnóstico correto. Além da consulta, geralmente podem ser solicitados exames laboratoriais, como de cultura de fungos, citológico e histopatológico.
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Ele também alerta que, pelo fato de se tratar de uma zoonose, embora o contato com um animal doente seja um fator de risco para a contaminação, um gato saudável também pode ser transmissor da esporotricose em humanos. Isso acontece porque se o animal estiver com esporos do fungo sob as unhas e arranhar alguém, por exemplo, essa pessoa poderá ser contaminada.
O sintoma inicial em humanos geralmente ocorre com uma lesão parecida com uma picada de inseto e o aparecimento de ferimentos e úlceras na pele e nas mucosas. Em casos mais graves, o fungo pode afetar os pulmões, surgindo tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. As articulações e ossos também podem ser afetados, apresentando inchaço e dor ao se movimentar. O tratamento deve ser feito com orientação e acompanhamento médico.
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