A troca de estação sempre vem acompanhada da necessidade de mudança. Por isso, que tal aproveitar a primavera, que começou e fazer uma faxina geral em casa, para se livrar de todos os excessos ou de itens que não são mais usados?
A ideia, segundo Vandressa Pretto, diretora da escola francesa de consultoria de imagem Ecole Superieure de Relooking, não só auxiliará outras pessoas, já que o supérfluo para alguns, pode ser a primeira necessidade de outros. “Também é uma forma de engatar os primeiros passos para entender e adotar um consumo mais consciente em diversos momentos da própria vida, o que significa pensar nas necessidades alheias, brecar o comprar desnecessário e uma economia significativa no seu orçamento”, destaca.
A maioria das pessoas usa apenas a metade das roupas que possui. “Peças encalhadas geralmente vêm de uma compra impulsiva, como as peças que estão na moda, cores chamativas que não combinam com o estilo de vida ou tipo físico da pessoa, além das oscilações de peso – sempre achamos que iremos emagrecer e voltar a caber naquela roupa P”, aponta Vandressa.
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As roupas, sapatos e bolsas costumam, em geral, sobrecarregar o armário das mulheres, mas o consumo consciente deve fazer parte na vida. “Já reparou em quantas panelas, vasilhas, perfumes, produtos de beleza, aparelhos tecnológicos, capinhas de celular, brinquedos e adereços de decoração acumulamos ao longo da vida? Será que eles não são indispensáveis?”, questiona.
Aliás, esta uma tendência no mundo, cuja proposta é adotar um estilo de vida mais equilibrado, atenuando o consumismo exagerado. “É cada vez mais comum encontrarmos pessoas que se disponibilizaram a ficar um ano sem comprar nenhuma peça de roupa, que evitam compras gigantescas no supermercado para evitar o desperdício e até as marcas de produtos de beleza que estimulam atitudes conscientes, como trocar refis, economizando gastos com embalagens”, exemplifica.
Na moda, o lema da consultora, é escolher uma peça de qualidade com um valor mais acessível do que “atirar” para todos os lados: “O importante é escolher bem o tecido, caimento e o corte, pois visualmente isso faz toda a diferença em uma peça, e muda completamente o seu aspecto não importando o quanto ela tenha custado”.
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Mas e como aderir ao slow fashion em um mundo consumista? Com peças versáteis e básicas que combinem entre si. Exercendo a criatividade e tirando um tempo, uma vez por semana, por exemplo, para se dedicar a pensar diferente a forma de usar seus looks. “As pessoas costumam sempre fazer as mesmas combinações e isso aumenta a sensação de ter pouca roupa ou estar sempre com as mesmas peças”, explica a consultora. Ao se deparar com uma peça desejada, experimente e não compre na hora, antes de tudo verifique quais peças já existem no guarda-roupa que possam substituir tranquilamente aquela novidade.
Outra opção é reformar ou pensar em uma combinação diferente com a peça dando um toque de estilo, atitude fundamental para torna-la útil. Criar novas possibilidades de montagem de looks, fotografar, experimentar e deixar essas peças mais visíveis no guarda-roupa, além de pensar a função de cada uma de forma diferente, também pode ajudar: “Às vezes temos um vestido que foi usado no ano novo, por exemplo, mas quando colocado com calçado informal e jaqueta no dia a dia funciona muito bem”, conclui Vandressa.
Confira cinco dicas para desengavetar o armário:
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1) Ao provar a peça, ver se ela realmente veste bem o seu corpo. Caso a resposta seja negativa e não valha a pena reformar, ela pode ser descartada;
2) Não usa a peça há mais de seis meses? Ou não usou nessa estação? Pode ser uma deixa pra passar ela adiante;
3) Uma peça que consigo montar apenas um ou dois looks que não são muito usáveis na sua rotina, também é uma peça que pode ser repensada;
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4) Está surrada, muito gasta e velhinha? Por mais amor que tenha pela peça, desapegue;
5) Aquela peça que quando usada recebe olhares ou feedbacks negativos, mesmo que em forma de piadinha, pode ser repensada.
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