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TÁ NA HORA

Especialista diz que mercado vive fase da personalização no trabalho

Foto: Rodrigo Assmann

Palestrante Kátia Oliveira Ackermann reforça a importância do diálogo entre os líderes e a equipe para conquistar bons resultados

A última edição do ano da reunião-almoço Tá na Hora, nessa terça-feira, 5, tratou sobre uma revolução percebida no mercado de trabalho, sobretudo a partir das consequências da pandemia de Covid-19. A palestrante foi Kátia Oliveira Ackermann, diretora de Desenvolvimento da Produtive, que presta consultoria em gestão de carreira nas organizações. Ela reforçou que chegamos à época da personalização do trabalhador.

Kátia é psicóloga formada pela Urcamp e tem especialização em Psicologia Hospitalar, com ênfase na Saúde Mental do Trabalhador, e licenciatura plena em Psicologia, ambas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Com sua experiência, disse ser necessário observar o histórico e suas variações, como a significativa mudança estabelecida pela globalização. “Isso mostrou que se podia trabalhar a economia de um jeito diferente. O que era uma possibilidade para poucas empresas, o mercado externo, passou a fazer parte do cotidiano de todos os empreendedores”, destaca.

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A sequência dos movimentos no mercado de trabalho deu ênfase, conta Kátia, para a “era do protagonismo”, ampliando a presença e relevância dos especialistas e diminuindo os líderes. “Agora temos a personalização, com a necessidade de entender melhor a pessoas e suas necessidades”, acrescenta. Assim, passam os responsáveis pelas equipes a ter a função de dialogar com os novos profissionais, fazendo, quando necessário, adaptações que não seriam cogitadas em outras épocas.

“O profissional de hoje, em especial o jovem, é um questionador. Ele vai perguntar se há a possibilidade de trabalhar dois dias em casa e três no escritório, por exemplo”, explica Kátia. Acrescenta que não há motivo para tolher essa expectativa, que pode ser transformada em produtividade, mesmo tendo diferenciação entre os integrantes da mesma equipe.

Cechinato fala em “blend” de profissionais

A última edição da reunião-almoço Tá na Hora de 2023 também é a última da atual gestão à frente da Associação Comercial Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul. O presidente César Cechinato destaca que o evento completa seu sexto ano com sucesso. “Costumo repetir que temos, em público médio, o maior evento de reunião-almoço do interior do Rio Grande do Sul”, enfatiza.

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Ele ressalta que, anualmente, a última palestra possibilita o estabelecimento de vínculos com o próximo ano e o planejamento das empresas participantes. Sobre o tema de Kátia Oliveira Ackermann (Desafios da liderança no novo mundo do trabalho), Cechinato diz que – em analogia com a cadeia produtiva da fumicultura – as empresas percebem a necessidade de estabelecer um “blend” entre a contratação e manutenção de equipes mais jovens, que trazem a inovação, e aquelas mais experientes, que integram o público “50+”, em referência às pessoas com mais de 50 anos.

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Kátia acrescenta que aquele modelo, com a expectativa de planos de carreira e estrutura previamente definida para o futuro, já não existe. “Precisamos, cada vez mais, dialogar. Talvez seja a nossa principal competência. Temos que descobrir o interesse do outro. Isso tornou-se muito importante para qualquer líder”, aponta.

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A especialista ressalta que desconsiderar o indivíduo dentro da organização é encaminhar para o fracasso. “O desafio é entender qual modelo de trabalho atende determinadas pessoas. Cada vez mais a diversidade está presente; queremos atuar de forma muto distinta e a organização tem que estar atenta a isso”, explica.

O bom desempenho, acredita Cechinato, vem de uma série de fatores, em especial os apontados pela palestrante. Ele cita o resultado positivo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que ainda está aquém do necessário, mas supera as expectativas, sobretudo quando comparado ao registrado em outros países.

Cechinato (ao fundo): 6º ano de sucesso do evento

Imediatismo das novas gerações

Para o próximo ano, entende Kátia, é importante manter a aprendizagem contínua. “Não pode estar declarada no organograma, deve estar na necessidade que o ambiente de negócio apresenta”, indica. Justifica sua posição com as alterações, que exigem a cada semestre o entendimento dos novos mercados e as necessidades; prazos que, antes, eram mais alongados.

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As mudanças são percebidas no cotidiano, como é o caso da tecnologia. Em algumas situações, os trabalhadores ainda registram o acesso à empresa de forma escrita; em outras, é por meio de reconhecimento facial. Em segmentos como o comércio, as transformações são ainda mais perceptíveis. “Será que é possível trabalhar somente em lojas físicas? O e-commerce existe há muito tempo e cresce ano a ano. É preciso, portanto, providenciar capacitação e treinamento para atender os diferentes públicos”, exemplifica.

Outra questão que merece atenção é a característica de imediatismo das novas gerações. “Os jovens vêm em um mundo de trabalho diferente, com mais opções e mais encorajamento para troca”, diz. A solução, recomenda, é dialogar sobre carreira e mostrar, por meio de conversas, que daqui a um ano talvez o jovem ainda não esteja com maturidade para uma função de liderança ou que talvez isso não o faça feliz.

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