A veterinária, assim como a medicina humana, tem se especializado para atender às variadas necessidades de saúde dos animais de estimação. Uma área que se destaca é a dermatologia veterinária, que tem avançado significativamente no tratamento de condições que afetam a pele, os ouvidos e as unhas dos bichos.
Segundo a veterinária Heloísa Teichmann Aita, da clínica Pet a Teti, a pele é o maior órgão do corpo dos animais, e alterações nela podem indicar problemas de saúde mais amplos. “Na dermatologia, não se trata apenas da pele, mas também dos ouvidos e das unhas. Muitos tutores procuram atendimento porque seus pets apresentam coceira, vermelhidão, feridas, queda de pelos ou um odor persistente, mesmo após o banho”, explica Heloísa.
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Esses sintomas são frequentemente relacionados à dermatite atópica canina, uma inflamação crônica da pele causada por ácaros, poeira doméstica, mofo, gramíneas ou determinados alimentos. “É importante entender que a pele, muitas vezes, reflete problemas internos, como ocorre em doenças autoimunes, onde o verdadeiro problema se manifesta externamente”, esclarece.
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Durante a consulta veterinária, exames laboratoriais de pele e ouvido são feitos para identificação de mudanças na microbiota normal da pele. “Em alguns casos, exames mais complexos poderão ser solicitados, como biópsias e culturas. Já para as alergias, os testes intradérmicos ajudam a orientar quanto a alérgenos ambientais, alimentares ou ambos”, detalha Heloísa, enfatizando a importância de um diagnóstico preciso para um tratamento eficaz.
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Os tutores devem estar atentos a sinais como manchas avermelhadas, feridas que não cicatrizam, queda de pelo com falhas na pele e coceira intensa. Heloísa ressalta que, nos animais, a coceira pode se manifestar por meio da lambedura, especialmente nas patas, barriga e flanco.
“A presença de caspa também indica problemas na pele. Em casos de otite, é comum que os cães chacoalhem a cabeça ou apresentem vermelhidão e mau odor nas orelhas”, alerta, reforçando a importância de buscar orientação veterinária antes de qualquer medicação.
Nos gatos, os sinais de alergia podem ser mais sutis e difíceis de detectar. “Eles tendem a se esconder quando estão desconfortáveis, e os tutores só percebem o problema quando há perda de pelos em áreas específicas”, observa Heloísa. Além disso, a alimentação dos gatos durante testes de alergia pode ser desafiadora, uma vez que muitos são exigentes e relutantes em aceitar mudanças na dieta.
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