Olá! Santa Cruz do Sul, terra de colonização alemã (e, aliás, neste domingo, 25, comemora-se o Dia do Colono e do Motorista) e terra da Oktoberfest, é identificada com um bom chope. E chope é assunto que não passa batido para o santa-mariense Jesus Mendonça de Vargas, radicado em Santa Cruz.
Ao longo dos anos, ele foi reunindo um acervo de quase 500 canecos para essa bebida. Fomos conferir a coleção dele e nos deparamos com verdadeiras raridades. Com os canecos, é possível fazer um passeio cultural por épocas, temas e países. Por falar em passeio, lembramos dos carrinhos de lomba. E do Bebê Gatinhando, da Estrela. E, em tempos de Olimpíada, que tal o passaporte que a Coca-Cola apresentou em 1984? Vamos nessa?
Desde o ano passado, quando começou a pandemia, as festas do chope estão suspensas. Hoje, elas já estão mais tímidas, mas em algumas décadas passadas eram muito populares. Além dos salões da região, os clubes da cidade e do interior promoviam vários bailes de chope, onde distribuíam, junto com o ingresso, um caneco exclusivo da festa.
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E é de canecos que vamos falar hoje, ao apresentar a coleção de Jesus Mendonça de Vargas, 56 anos, natural de Santa Maria, mas radicado em Santa Cruz do Sul. Pai da Laysa S. S. de Vargas, este prestador de serviços começou sua coleção apenas há dez anos e já acumula em seu acervo 486 peças, de todos os tipos. Jesus é um cara das antigas; já possui outros vários colecionáveis, mas foi um caneco da Oktoberfest de 87 que o encantou, e desde então começou a somar essas relíquias. Tem canecos de chope e até aqueles dos festivais de refrigerantes.
E se já impressiona a quantidade de canecos, o que vamos dizer dos tamanhos variados e dos modelos alusivos às respectivas festas? Segundo o colecionador, duas de suas peças são muito raras, justo pelo seu tamanho: o grandão é muito difícil de encontrar, e o Canequinho está entre os mais pequenos do Brasil.
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Acredito que foi na década de 1980 que os carrinhos de lomba, ou carretas, atingiram seu ápice. Não importava o sexo, meninos e meninas curtiam juntos esse carrinho formado por uma tábua e dois eixos, o traseiro fixo e o dianteiro móvel. Suas rodinhas eram de rolamentos descartados em oficinas, um cabo de vassoura cortado e pregado atravessado; muitas vezes punhos de bicicletas eram o apoio para se segurar, enquanto as pernas davam a direção necessária no eixo móvel.
As carretas mais estilizadas contavam com um encosto para o piloto e uma alavanca como freio, que muitas vezes esmagava os dedos da mão de quem conduzia. Descer uma lomba era pura diversão e adrenalina, difícil de expressar. Um joelho ralado, dedos esmagados ou o cansaço para levar a carreta novamente ao topo da lomba eram detalhes. Quem andou com eles jamais vai esquecer. Como é o caso do meu amigo Claiton Schlittler, o Claitão, que ainda guarda o seu carrinho.
Veja no vídeo como era a brincadeira da garotada em outras épocas:
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Foi na década de 1950 que as meninas puderam ter uma boneca que gatinhava. “Dê-me à corda e veja como engatinho”, assim era o slogan do bebê da Estrela, lançado em 1953 e movido a corda. Uma boneca de 18 centímetros, em plástico resistente, cabeça inquebrável e pintada. Depois, nos anos 80, uma nova versão foi lançada, desta vez movida a pilhas, e de ambos os sexos.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio terão a abertura nesta sexta-feira, 23. Mesmo que não seja possível conferir de forma presencial, você já preparou o passaporte mental para acompanhar os jogos? Nos anos 80, isso era possível. Em 1984, a Coca-Cola lançou um álbum de figurinhas em formato de passaporte com o personagem Pateta. O álbum era composto por 23 cromos alusivos aos esportes daquela edição. Para descolar um envelope com 3 figurinhas ou o álbum, bastava juntar as 5 tampinhas da promoção. No passaporte, você ainda podia preencher seus dados e colar a carinha do Pateta na cartela que acompanhava o álbum, depois trocar por um cupom e concorrer a vários prêmios pela Loteria Federal.
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