A Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul realizou, na tarde dessa quarta-feira, 27, a cerimônia de abertura do Espaço Acervo Regina Simonis. O mezanino da Casa das Artes abriga, desde então, uma mostra permanente com desenhos e pinturas da renomada artista santa-cruzense. O projeto de exposição do acervo e fomento dos artistas locais foi realizado com recursos do Auxílio Emergencial – Lei Aldir Blanc e da Secretaria Municipal de Cultura. Além da homenagem à patrona, a iniciativa contou com oficinas e shows com os artistas da cidade.
De acordo com o vice-presidente da Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul, Danúbio Zitzmann, muitos visitantes de fora não conhecem o trabalho da artista, portanto, a galeria permanente promove e mantém vivo o nome de Regina Simonis e o trabalho que ela desempenhou. “Eu acredito que a maior importância é manter o legado dela, para que as pessoas possam conhecer a beleza e a simplicidade que tinha esse trabalho. Muitas vezes, ao olhar um desses desenhos que a gente emoldurou, em um primeiro momento se pensa que é uma foto antiga, tamanha a perfeição com que ela conseguia capturar na imagem. Isso demostra o grande talento que ela tinha e a sensibilidade também”, explica.
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Os desenhos, que pertencem à Casa das Artes, estavam arquivados sem possibilidade de acesso do público. Agora, poderão ser visitados. A galeria é composta por dez quadros fixos e mais cinco que serão expostos de forma itinerante. Conforme Zitzmann, os desenhos foram feitos entre o fim da década de 1920 e o início da década de 1930, e foram selecionados por ele de acordo com a beleza e sensibilidade de cada peça. Os trabalhos também demonstram o talento da artista muito antes de as mulheres terem destaque no cenário das artes.
Estavam presentes à abertura duas familiares da artista, a sobrinha Norma Merten e a sobrinha-neta Berta Helena Moehlecke, que enfatizaram que Regina Simonis foi a primeira santa-cruzense a se formar no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, sendo orientada pelo mestre europeu Francisco Pelichek.
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O presidente da Pró-Cultura, Milton Keller, disse que a associação se empenhou para manter a Casa das Artes dinâmica, mesmo com o período atípico, promovendo projetos culturais como a criação da galeria. “Como a casa já leva o nome da artista, nada mais justo do que oferecer um lugar para colocar parte do acervo dela. Existe muita coisa nas casas dos colecionadores e apreciadores de arte, mas a Pró-Cultura detém um bom número de obras assinadas por ela. Desta forma, a gente pretende agora ampliar para que a população possa ter conhecimento do que ela fez naquela época”, disse.
Conforme Keller, o prédio do antigo Banco Pelotense possui a característica de uma edificação com alguns espaços amplos e outros menores. O espaço que recebeu as obras é o mezanino da Casa das Artes, no segundo andar, que já passou por reforma anteriormente. Parte do valor do edital foi utilizado para emoldurar os desenhos que estão agora em exposição.
![](https://www.gaz.com.br/uploads/2021/10/Regina-Simonis-2.jpg)
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