O empresário Leandro Paixão Policena ainda aguarda uma solução para a situação insalubre provocada pelo vazamento de esgoto no pátio de sua empresa, na Rua Victor Frederico Baumhardt, no Bairro Dona Carlota. Passados quase dois anos, o problema não foi consertado. O caso chegou a parar na Justiça, que já teria determinado que uma construtora e a Corsan fizessem o conserto, sob risco de multa diária de R$ 1 mil, ainda em novembro de 2015.
Uma nova decisão, em 21 de março deste ano, cobrou novamente o conserto, aumentando o valor da multa. “Não estão levando nem a Justiça a sério, isso é o que mais me preocupa e apavora”, desabafa Policena. “Nos falta esperança. Se não conseguem resolver um problema tão pequeno como esse, imagina um maior”, acrescenta o pai de Leandro, Élio Policena.
De acordo com o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, engenheiro Leandro Kroth, uma equipe da pasta iniciou a obra na semana passada para implantar uma rede pluvial. Por enquanto foram abertas valas para a colocação de canos. “Entramos com esse serviço para drenar a água e melhorar as redes existentes no local”, comenta. Em razão de outras obras de urgência, o trabalho foi interrompido ainda na semana passada, mas Kroth pede paciência e afirma que será retomado. A previsão de Kroth é que tudo seja concluído entre o fim de maio e primeira quinzena de junho.
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O engenheiro ressalta, no entanto, que o problema não seria responsabilidade do Município. “A empresa que fez a implantação da adutora e provocou o dano é que deveria dar solução, mas a Secretaria de Obras se colocou à disposição para ajudar a resolver o problema.”
Relembre
A Gazeta do Sul chegou a divulgar o alagamento, ainda em 2015. Segundo Policena, tudo começou na época da instalação da rede hídrica do Residencial Viver Bem, realizada por uma construtora. No início, era água potável que inundava a propriedade. A situação foi consertada, porém, a pressão do vazamento na adutora teria criado um canal que desvia o esgoto. Além do cheiro forte e de prejuízos na estrutura do prédio, o acúmulo de larvas na água suja também incomoda o empresário e sua equipe. Procurada, a Corsan disse que já fez a sua parte – ou seja, o conserto da rede de água potável.
Esgoto passa nas proximidades do terreno de Davi Drochner. Foto: Rodrigo Assmann
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Resíduos a céu aberto também preocupam
No Loteamento Armborst é o esgoto a céu aberto que desagrada e preocupa quem reside na área. Conforme o morador Davi Drochner, há cerca de cinco anos a Prefeitura iniciou a colocação de canos, mas não concluiu. “No ano passado pedi ajuda a um vereador. Fui orientado a esperar o começo do ano. Ninguém fez nada. No mês passado voltei a procurar o mesmo vereador, que me disse que a informação da Prefeitura era que a obra estava prevista no orçamento, mas não havia prazo para iniciar”, conta. Segundo ele, o cheiro forte incomoda principalmente no verão. “Quando dá um calorzinho, já vem o cheiro. Desce todo o esgoto do bairro e para aqui. Para o meu vizinho é ainda pior porque a casa dele fica bem ao lado do esgoto.”
O secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Anderson Mainardi, esteve no local ontem à tarde para conferir a situação. Ele informou que desconhecia o problema, porém, garantiu que ainda hoje irá com o secretário de Obras para avaliarem o caso e encontrar uma solução. “Isso é um problema urgente, não pode mais ficar assim. O esgoto também está afetando o meio ambiente”, comentou.
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