Environment (meio ambiente), social (objetivos sociais) e governance (políticas de governança transparentes). Mais do que um termo da moda, é o passaporte para um futuro abundante. O termo ESG surgiu no mercado financeiro em 2004, como uma forma de medir o impacto que as ações de sustentabilidade geram nos resultados das empresas, e avalia até que ponto uma empresa trabalha em prol de objetivos sociais, que vão além do papel de uma corporação, para maximizar os lucros em nome dos acionistas. Sociedade e investidores estão levando o assunto muito a sério, e o tema virou um passaporte para a continuidade dos negócios no mercado local e global.
O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, vem emitindo alertas graves e urgentes sobre o clima e o assunto necessita absoluta atenção de todos os players. Já estamos muito além do limite aceitável para o equilíbrio do planeta e as consequências vêm sendo bastante severas para a vida na Terra. Temos um incrível talento de colocar o dinheiro acima de tudo, mas é bom lembrar que, se o planeta entrar em colapso, dinheiro algum proporcionará conforto ou refúgio, como já assistimos na pandemia. Não há lugar para se esconder. Portanto, teremos que priorizar o assunto em todas as esferas.
ESG nas empresas significa atender às premissas de sustentabilidade, equalizando lucro e impacto. Não é mais sobre discursos maquiados e, sim sobre pensar e decidir de outra forma.
Energias renováveis estão no centro deste debate. Teremos que trocar nossas fontes energéticas tóxicas por fontes limpas, que não causam dano ao planeta, e como consequência, gastar menos os recursos naturais e financeiros para ter acesso a energia, fonte de todas as atividades humanas. É para este setor que os investimentos globais devem migrar nos próximos anos e onde surgirão inúmeras oportunidades de trabalho no século 21.
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Negócios precisam se envolver com problemas sociais e com a comunidade. Gerar emprego e criar riqueza apenas passou a ser discurso ultrapassado para as novas gerações. A economia terá crescimento lento a partir de agora, independente de cenário político, e a globalização mudou de formato. Não podemos mais esperar, temos que abraçar a causa.
A riqueza está mudando de endereço e ser sustentável em todos os aspectos passou a ser a condição para continuar operando. Cidades precisarão se tornar inteligentes e sustentáveis. Mobilidade, fontes de energia, reciclagem do lixo, resíduos, são assuntos que continuarão na pauta até que se tornem prioridade absoluta.
Na prática, é preciso descobrir um propósito que justifique o lucro, levantar o tripé das emissões de carbono, definir metas alinhadas com o movimento do mundo, estreitar o relacionamento com a sociedade e a comunidade, e ser claro e objetivo nas formas de gestão. Sem isso, não haverá futuro que se sustente. O lucro passou a ser o resultado do que fazemos, não a meta.
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