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Para viajar sem sair de casa

Escritores da região dão dicas de leituras para as férias

Costumo dizer em minhas andanças por aí – em palestras, nas escolas, feiras, lançamentos ou mesas de bar – que independente daquilo que você almeja para o seu futuro – particularmente, para um futuro melhor – é a prática e o exercício da leitura algo absolutamente fundamental. Insisto que só vai se dar bem, nesta vida, quem sabe falar e escrever corretamente, ações que o cidadão só adquire com desenvoltura por intermédio da leitura. De muita leitura!

Eu, por exemplo, só estou escrevendo isto aqui, até aqui e agora, porque leio muito. Eu sou fruto de minhas leituras. Você é fruto de suas leituras. Enfim. Então, cabe a você escolher aquilo que você vai ser nesta vida: um Zé Mané ou alguém que se destaca na multidão. Nada contra os Zés Manés, é claro, pois para quem lê, até isso é compreensível. Quer dizer: mais ou menos. Gosto de usar uma frase genial do nosso querido poeta Mário Quintana: “O pior analfabeto é aquele que sabe ler e não lê.” Eu só descobri essa frase porque eu gosto de ler.

E este é um período propício para a leitura, dos iniciantes aos iniciados: as férias de verão! Principalmente para quem sempre usa a desculpa da “falta de tempo” para continuar “analfabeto”. E mesmo que você não vá viajar, o livro te permite flanar por aí frequentando mundos reais e imaginados. Você visita outros planetas, vai ao fundo do mar, grandes metrópoles, cárceres, pequenas cidades surreais e absurdas, sem tirar o “traseiro” da poltrona. Para quem gosta de aventuras e até para quem curte viajar para dentro de si mesmo, o livro ainda é – e sempre será – a melhor opção. Leia bulas, revistas, jornais, quadrinhos, impressos ou na internet, não importa, mas leia. Você vai ver como as coisas vão melhorar!

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Por estas e outras é que vão aqui dicas de livros feitas por pessoas, escritores de Santa Cruz do Sul, que só estão aqui porque também sempre lerão muito no decorrer de suas vidas, para estas que podem ser as férias mais incríveis e divertidas de todos os tempos. Então, vá à biblioteca ou às livrarias, aperte o play ao simples virar de uma página e… boa viagem!

Dicas imortais: 

BEATLES 1966 – O ANO REVOLUCIONÁRIO de Steve Turner 

BEATLES 1966 – O ANO REVOLUCIONÁRIOde Steve Turner“Especial aos vovôs do rock, curiosos, espertos e beatlemaniacos que desejam uma leitura leve e nostálgica nas férias, sugiro ligar o som nos clássicos dos Beatles, se acomodar em seu ambiente mais confortável e ler este livro. No mínimo, uma leitura leve e divertida.”Gil Kipperilustrador e escritor

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Dica de Gil Kipper – ilustrador e escritor

“Especial aos vovôs do rock, curiosos, espertos e beatlemaniacos que desejam uma leitura leve e nostálgica nas férias, sugiro ligar o som nos clássicos dos Beatles, se acomodar em seu ambiente mais confortável e ler este livro. No mínimo, uma leitura leve e divertida.”

 

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OS ESCANDINAVOS de Paulo Guimarães

OSESCANDINAVOSde Paulo Guimarães“No Brasil e em tantos países nos quais não se conseguiu equalizar ou resolver demandas ou necessidades individuais e coletivas, valores como felicidade, justiça social e equilíbrio social soam a utopia. Por isso, valeria a pena dedicar tempo a entender por que, e como, regiões como a Escandinávia, no gélido extremo norte do planeta, conseguiram alcançar tudo isso.Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia, estas já perto da Groenlândia, são consideradas algumas das nações com melhor qualidade de vida. Disputam inclusive entre elas próprias a condição de povo mais feliz do mundo. O diplomata brasileiro Paulo Guimarães, que conhece bem a região e é casado com uma sueca, conta em detalhes a organização e o ritmo de vida escandinavo.”Romar Belingjornalista e escritor

Dica de Romar Beling – jornalista e escritor

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“No Brasil e em tantos países nos quais não se conseguiu equalizar ou resolver demandas ou necessidades individuais e coletivas, valores como felicidade, justiça social e equilíbrio social soam a utopia. Por isso, valeria a pena dedicar tempo a entender por que, e como, regiões como a Escandinávia, no gélido extremo norte do planeta, conseguiram alcançar tudo isso. Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia, estas já perto da Groenlândia, são consideradas algumas das nações com melhor qualidade de vida. Disputam inclusive entre elas próprias a condição de povo mais feliz do mundo. O diplomata brasileiro Paulo Guimarães, que conhece bem a região e é casado com uma sueca, conta em detalhes a organização e o ritmo de vida escandinavo.” 

 

O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO de J. D. Salinger 

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O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIOde J. D. Salinger“É uma das obras que mais gostei de ler. É um exemplo de literatura leve, fluente e ágil, pela qual tenho me interessado. Independente até do tema, embora seja também atraente, ao abordar as perturbações da adolescência, e sem dar tanta importância a algumas controvérsias que cercam o romance, chamou a minha atenção pela linguagem direta e popular, enfim pela forma como é apresentado.Vindo de uma escola com expressão mais densa e rebuscada, tenho procurado descomplicar a escrita nos já longos anos de jornalismo e na fase ainda recente com viés literário. O livro se abriu para este gosto pessoal e acredito que possa fazer o mesmo com quem está em busca de dica de leitura para estas férias.”Benno Bernardo Kistjornalista e escritor

Dica de Benno Bernardo Kist – jornalista e escritor

“É uma das obras que mais gostei de ler. É um exemplo de literatura leve, fluente e ágil, pela qual tenho me interessado. Independente até do tema, embora seja também atraente, ao abordar as perturbações da adolescência, e sem dar tanta importância a algumas controvérsias que cercam o romance, chamou a minha atenção pela linguagem direta e popular, enfim pela forma como é apresentado. Vindo de uma escola com expressão mais densa e rebuscada, tenho procurado descomplicar a escrita nos já longos anos de jornalismo e na fase ainda recente com viés literário. O livro se abriu para este gosto pessoal e acredito que possa fazer o mesmo com quem está em busca de dica de leitura para estas férias.” 

 

A INVENÇÃO DA NATUREZA de Andrea Wulf 

A INVENÇÃO DA NATUREZAde Andrea Wulf“Antes de apresentar os mapas de viagem de Humboldt pelas Américas (1799-1894), Venezuela (1800) e Rússia (1829), a autora nos traz um convite de Goethe para que fechemos olhos, agucemos os ouvidos para sentirmos a ‘Natureza que fala’ e revela-se em relações e estruturas. Humboldt entendeu como poucos que a Natureza se comporta como um organismo interconectado e antecedeu a muitos na postura interdisciplinar de que precisamos nos munir para minimamente nos aproximarmos do ambiente natural.Ao mergulhar na biografia do naturalista emerge o ‘amor à natureza’. As quase seiscentas páginas tornam-se leves como podem ser as melhores férias.”José Alberto Wenzelescritor, geólogo, analista ambiental

Dica de José Alberto Wenzel – escritor, geólogo, analista ambiental

“Antes de apresentar os mapas de viagem de Humboldt pelas Américas (1799-1894), Venezuela (1800) e Rússia (1829), a autora nos traz um convite de Goethe para que fechemos olhos, agucemos os ouvidos para sentirmos a ‘Natureza que fala’ e revela-se em relações e estruturas. Humboldt entendeu como poucos que a Natureza se comporta como um organismo interconectado e antecedeu a muitos na postura interdisciplinar de que precisamos nos munir para minimamente nos aproximarmos do ambiente natural. Ao mergulhar na biografia do naturalista emerge o ‘amor à natureza’. As quase seiscentas páginas tornam-se leves como podem ser as melhores férias.” 

 

A COZINHA E EU de Moina Fairon 

A COZINHAE EU,de Moina Fairon“Recomendo o mais recente livro da Moina. Nele a autora narra a vida no passado, privilegiando a cozinha como espaço central de sua memória. De forma despretensiosa e deliciosa, sacraliza o recinto privado das vivências familiares, onde suas vidas se processam e onde partilham, não somente o pão de cada dia, mas saberes, sabores e o afeto que os une.Uma deliciosa incursão no universo da cozinha, como esteve presente na vida de Moina, e acende luzes sobre o modo de viver de antigamente. Com seu estilo confessional a autora brinda seus leitores com histórias, sabores e aromas de diferentes cozinhas, fruto de suas incursões pelo mundo. Seu fino senso de humor e linguagem coloquial fazem deste livro um refrigério para a alma nestas férias de verão.”Lissi Benderprofessora e escritora

Dica de Lissi Bender – professora e escritora

“Recomendo o mais recente livro da Moina. Nele a autora narra a vida no passado, privilegiando a cozinha como espaço central de sua memória. De forma despretensiosa e deliciosa, sacraliza o recinto privado das vivências familiares, onde suas vidas se processam e onde partilham, não somente o pão de cada dia, mas saberes, sabores e o afeto que os une. Uma deliciosa incursão no universo da cozinha, como esteve presente na vida de Moina, e acende luzes sobre o modo de viver de antigamente. Com seu estilo confessional a autora brinda seus leitores com histórias, sabores e aromas de diferentes cozinhas, fruto de suas incursões pelo mundo. Seu fino senso de humor e linguagem coloquial fazem deste livro um refrigério para a alma nestas férias de verão.”

 

A IMPERATRIZ DE FERRO de Jung Chang 

A IMPERATRIZDE FERROde Jung Chang“Para quem gosta de História, a minha sugestão é esta obra de Jung Chang, que também escreveu dois outros excelentes livros: Cisnes selvagenseMao: ahistoria desconhecida. A imperatriz viúva Cixi (1835-1908) foi a mulhermais importantena História da China. E ainda não nasceu outra igual a ela.Governou o país por décadas e hoje é considerada a principal responsável por ter conduzido o império medieval à era moderna.Para quem preferir uma leitura maisamena, livros da Agatha Christie para nos divertir. O que nunca devemos esquecer: aqueleque sempre tiver um livro para ler jamais estarásozinho. Eles são nossosgrandes amigos. Eles são nossos melhores amigos.”Moina Fairondona de casa e escritora

Dica de Moina Fairon – dona de casa e escritora

“Para quem gosta de História, a minha sugestão é esta obra de Jung Chang, que também escreveu dois outros excelentes livros: Cisnes selvagens e Mao: a historia desconhecida. A imperatriz viúva Cixi (1835-1908) foi a mulher mais importante na História da China. E ainda não nasceu outra igual a ela. Governou o país por décadas e hoje é considerada a principal responsável por ter conduzido o império medieval à era moderna. Para quem preferir uma leitura mais amena, livros da Agatha Christie para nos divertir. O que nunca devemos esquecer: aquele que sempre tiver um livro para ler jamais estará sozinho. Eles são nossos grandes amigos. Eles são nossos melhores amigos.” 

 

RECUSA DO NÃO-LUGAR de Juliano Garcia Pessanha 

RECUSA DONÃO-LUGARde Juliano Garcia Pessanha“Há livros que nos tombam, muitas vezes pelo não-dito, soçobrando à emergência do inexpugnável. Não se dizem pela métrica ou pelas pedagogias de andaime, implicam-se pelos sentidos do êxtimo persuadido.Reunindo um híbrido de ficção e não ficção, apresento o livro de Juliano Garcia Pessanha, ambientado no campo filosófico, eclode em nuances da literatura testemunhal e caso clínico.Para leitores de Heidegger, parada obrigatória da ‘nadidade estruturante’, percorre o trajeto invertido, à luz de Sloterdijk, procurando recompor o tecido do ‘dentro’. A tentativa é soletrar a dignidade humana a partir da experiência de ruptura e desmoronamento permanente que ‘assombram’ nosso modo de ser e estar no mundo.”Marli Silveirafilósofa e escritora

Dica de Marli Silveira – filósofa e escritora

“Há livros que nos tombam, muitas vezes pelo não-dito, soçobrando à emergência do inexpugnável. Não se dizem pela métrica ou pelas pedagogias de andaime, implicam-se pelos sentidos do êxtimo persuadido. Reunindo um híbrido de ficção e não ficção, apresento o livro de Juliano Garcia Pessanha, ambientado no campo filosófico, eclode em nuances da literatura testemunhal e caso clínico. Para leitores de Heidegger, parada obrigatória da ‘nadidade estruturante’, percorre o trajeto invertido, à luz de Sloterdijk, procurando recompor o tecido do ‘dentro’. A tentativa é soletrar a dignidade humana a partir da experiência de ruptura e desmoronamento permanente que ‘assombram’ nosso modo de ser e estar no mundo.” 

 

O DIA DE FOLGA DE JESUS de Nicholas Allan 

O DIA DE FOLGADE JESUSde Nicholas Allan“Esta obra foi publicada originalmente em inglês com o título: Jesus Day Off, pela Hut-chinson Children’sBooks. Foi traduzida para o português por Luzia Aparecida para a Martins Fontes Editora Ltda. (São Paulo - 1998). É um texto leve, curto e divertido. Derrete corações de crianças e de adultos.E Jesus, que também é filho de Deus, tirou um dia de folga! As ilustrações falam muito, com a delicadeza dos traços e da aquarela sempre presentes no decorrer das páginas. Até mesmo a Santa Ceia foi ilustrada de forma divertida. E os apóstolos, representados como nunca se imaginaria. Algumas passagens bíblicas estão presentes na arte gráfica, de forma sutil, inteligente e bem-humorada.”Valquíria Ayres Garciaprofessora e escritora

Dica de Valquíria Ayres Garcia – professora e escritora

“Esta obra foi publicada originalmente em inglês com o título: Jesus Day Off, pela Hut-chinson Children’s Books. Foi traduzida para o português por Luzia Aparecida para a Martins Fontes Editora Ltda. (São Paulo – 1998). É um texto leve, curto e divertido. Derrete corações de crianças e de adultos. E Jesus, que também é filho de Deus, tirou um dia de folga! As ilustrações falam muito, com a delicadeza dos traços e da aquarela sempre presentes no decorrer das páginas. Até mesmo a Santa Ceia foi ilustrada de forma divertida. E os apóstolos, representados como nunca se imaginaria. Algumas passagens bíblicas estão presentes na arte gráfica, de forma sutil, inteligente e bem-humorada.”

 

CONTOS DE FUTEBOL de Aldyr Garcia Schlee 

CONTOS DEFUTEBOLde Aldyr Garcia Schlee“Escolhi para indicar Contos de futebol porque vejo neste livro – e o autor o confirmou, em sua obra maravilhosa – a verdade de que todo o Universo cabe e está nos menores lugares, nos temas mais comuns. Será o escritor, com sua evolução humana e técnica, que há de partejar-lhe a grandeza.Só para sublinhar o que afirmei, indico, no conto “Jim”, o deslocamento narrativo que ocorre em relação ao personagem que dá o título. Sendo a protagonista uma pessoa muito simples, incapaz para o que precisa ser dito e para que o dito não perca a sua forca, o que que faz Schlee? Um lance de gênio, humano e literário. Leiam, releiam, saboreiem.Valesca de Assisprofessora e escritora

Dica de Valesca de Assis – professora e escritora

“Escolhi para indicar Contos de futebol porque vejo neste livro – e o autor o confirmou, em sua obra maravilhosa – a verdade de que todo o Universo cabe e está nos menores lugares, nos temas mais comuns. Será o escritor, com sua evolução humana e técnica, que há de partejar-lhe a grandeza. Só para sublinhar o que afirmei, indico, no conto “Jim”, o deslocamento narrativo que ocorre em relação ao personagem que dá o título. Sendo a protagonista uma pessoa muito simples, incapaz para o que precisa ser dito e para que o dito não perca a sua forca, o que que faz Schlee? Um lance de gênio, humano e literário. Leiam, releiam, saboreiem.”

 

MINICONTOS de Marcelo Spalding 

MINICONTOSde Marcelo Spalding“Do saudoso grupo Casa Verde, Marcelo Spalding é referência quando o assunto é minicontos. Em 2008, já havia nos presenteado com Minicontos e muito menos. Agora, passados dez anos, lança Minicontos. O livro reúne sua produção ficcional e traz tópicos de seu trabalho acadêmicos sobre o gênero.Minicontos é um livro leve, gostoso e divertido de ler, sendo ideal para trabalhos com crianças e jovens em sala de aula pelo seu formato enxuto e de rápida leitura. É uma obra que flui, com narrativas fortes e ao mesmo tempo curtas, abordando temas como a vida familiar, dramas da juventude, violência da cidade, amor, desamor; enfim, todas as inquietações modernas.Esta é a minha dica de leitura. Boas férias para todos!”Roni Ferreira Nunesadvogado e escritor

Dica de Roni Ferreira Nunes – advogado e escritor

“Do saudoso grupo Casa Verde, Marcelo Spalding é referência quando o assunto é minicontos. Em 2008, já havia nos presenteado com Minicontos e muito menos. Agora, passados dez anos, lança Minicontos. O livro reúne sua produção ficcional e traz tópicos de seu trabalho acadêmicos sobre o gênero. Minicontos é um livro leve, gostoso e divertido de ler, sendo ideal para trabalhos com crianças e jovens em sala de aula pelo seu formato enxuto e de rápida leitura. É uma obra que flui, com narrativas fortes e ao mesmo tempo curtas, abordando temas como a vida familiar, dramas da juventude, violência da cidade, amor, desamor; enfim, todas as inquietações modernas. Esta é a minha dica de leitura. Boas férias para todos!” 

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