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Escolha bem e vote!

Tenho muita admiração pelas pessoas que deixam de lado o lazer, a família e os amigos para tentar conquistar um mandato eletivo. Nas eleições do dia 15 de novembro, no Rio Grande do Sul, 30,7 mil pessoas tentarão eleger-se vereador. Isso significa 4,4 mil pretendentes a mais do que no último pleito, em 2016. Desse contingente, apenas 4,9 mil serão eleitos para figurar na próxima legislatura da Câmara Municipal a partir de 2021.

Os candidatos que não detêm mandato sacrificam suas economias e fazem “vaquinhas” para enfrentar as despesas. É um desafio bem mais fácil para quem já é vereador. Outro obstáculo é o descrédito do eleitorado, consequência da maciça dose de notícias negativas em relação à atividade política. Não defendo a omissão de escândalos e erros. Pelo contrário. Acho, porém, que é preciso dar maior destaque às experiências positivas. Elas existem em vários municípios, de todos os tamanhos, Rio Grande afora.

A “demonização” da política, pelo que se nota em nosso Estado, não desanimou as pessoas que buscam um mandato em novembro. Isso é muito bom! A oxigenação da política é uma imposição em um país onde a maioria das pessoas prefere criticar e reclamar, mas é omissa em participação.

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Conheço um colega de profissão e amigo que durante décadas usou seus espaços radiofônicos para minar a confiança do público nos políticos. Hoje candidato a vereador, ele reconhece que poderia ter sido mais propositivo, fazendo críticas, mas também destacando os bons exemplos. O equilíbrio é irmão gêmeo do bom senso.

Ao longo de 40 anos de atividade, trabalhei com inúmeros políticos. Sou filho de vereador e posso garantir: a exemplo de outras atividades, há muita gente boa e também aproveitadores que abusam da boa-fé das pessoas com esperança e promessas de milagres. Para que isso tenha fim, o eleitor precisa pesquisar. Não há candidato perfeito, mas deve haver ao menos um deles capaz de compartilhar dos principais princípios de decência, ética e correção moral preconizados pelo eleitor.

No pleito de 2016, oito amigos me ligaram pelo celular da fila de votação. Sabendo do meu envolvimento com política, pediram dicas de candidatos a vereador para votar em Porto Alegre, onde resido. Detalhe: todos eles tinham curso superior, três deles com pós-graduação. A era digital permite acompanhamento em tempo real do candidato que ajudamos a eleger. Portanto, na próxima eleição é preciso fazer um balanço, ratificando a escolha ou reprovando o nosso vereador e prefeito.

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Passamos horas no computador ou celular, o que dá oportunidade de conhecer a vida pregressa dos candidatos. É praticamente impossível esconder detalhes escabrosos das redes sociais, à exceção das fake news. O eleitor tem a grande oportunidade de escolher quem vai administrar o lugar mais importante de sua vida: o município!

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