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Vale do Rio Pardo

Escolas estaduais vão ter menos turmas e turnos

As escolas estaduais do Vale do Rio Pardo devem iniciar o ano letivo de 2017 com menos turmas e menos aulas em alguns turnos. A medida que atinge toda a rede estadual foi confirmada ontem pela Secretaria de Educação. Desde a semana passada, diretores estão sendo convocados pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para articular as mudanças. 

Segundo a assessoria de comunicação da pasta, “a reorganização é necessária para otimizar o quadro de professores”, em função do aumento do número de aposentadorias e de afastamentos. Somente no ano passado, 6 mil professores saíram do quadro. Já os contratados emergenciais serão dispensados. O coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, garante que nenhum professor ou aluno será prejudicado. “Tanto os professores quanto os alunos serão remanejados para instituições próximas”, diz.

Até agora, três escolas já se reuniram para discutir a reorganização. Porém, conforme Moura, os nomes das instituições atingidas pela mudança apenas serão divulgados depois de um encontro com o governo estadual, que está programado para o final do mês. Até lá, mais diretores serão chamados para reuniões com a coordenadoria. A tendência é que o enxugamento atinja principalmente escolas pequenas, da zona rural. “Algumas turmas têm poucos alunos, que poderiam ser transferidos sem comprometer o acesso à escola dos estudantes”, constatou o coordenador. 

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A 6ª CRE também articula um regime de colaboração junto aos prefeitos eleitos para verificar a possibilidade de disponibilizar o transporte aos alunos que devem ser transferidos para outras escolas. Como a educação infantil é competência dos municípios, a coordenadoria estuda a viabilidade de ceder estruturas em escolas que oferecem essa etapa de ensino para que as prefeituras assuma com o quadro de profissionais.

Na semana passada, o Piratini determinou,  por meio de portaria, que o número mínimo de estudantes para abrir uma turma será de 16. O documento ainda prevê cortes em escolas indígenas, quilombolas e do campo. A mudança também se dá pela diminuição no número de estudantes na rede estadual, que despencou de 1,4 milhão em 2004 para 973 mil  em 2016.

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