Educação

Escolas estaduais da região avançam no Ideb

Divulgado no dia 16 de setembro, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade da educação brasileira, apresentou dados sobre a educação em municípios do Vale do Rio Pardo. As escolas estaduais da região, segundo o titular da 6ª Coordenadoria Regional de Educação, Luiz Ricardo Pinho de Moura, avançaram tanto nos anos iniciais quanto nos finais. Os dados são referentes ao ano de 2021.

Moura salienta que, nos anos iniciais – isto é, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental –, a média do Estado foi 5.9. “Tivemos mais de 38 escolas acima da média e duas ficaram na média.” Já nos anos finais do Fundamental, do 6º ao 9º ano, a média do Rio Grande do Sul era 5.0 e 28 escolas da região se destacaram, ficando acima da média e três se mantiveram na média. Já no Ensino Médio, conforme o coordenador, das cinco escolas avaliadas, apenas uma ficou abaixo. Contudo, segundo Moura, a grande melhoria aconteceu no Fundamental, nos anos iniciais e nos finais.

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O balanço de 2021

Em 2021, o cenário ainda era de pandemia e de restrições, com grande parte das instituições em ensino híbrido. Por isso, de acordo com o coordenador da 6ª CRE, os números são positivos, visto as dificuldades pelas quais a educação passou no período pandêmico. “Nos surpreendemos bastante. Não podemos dizer que não estamos satisfeitos com o resultado, porque esperávamos até um decréscimo, principalmente nos anos iniciais, que são os menores, e um acréscimo no Ensino Médio, e foi o inverso.”

De acordo com ele, a expectativa ocorria porque o estudante mais velho tinha mais autonomia para estudar, principalmente nas plataformas digitais. “Mas, em geral, estamos muito felizes com os resultados.” O que pode ter contribuído para os melhores índices são as intervenções pedagógicas que já vinham sendo feitas quando as escolas perceberam que a pandemia poderia implicar em perdas de aprendizagem. 

Naquele momento, as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática eram as mais afetadas e as que ganharam uma atenção maior dos órgãos de educação. “Acredito que isso contribuiu muito para que a gente tivesse um desempenho melhor dos nossos estudantes”, acrescenta. Ainda assim, a Matemática é a disciplina que apresenta a maior dificuldade entre os alunos.

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Ações estratégicas

Moura ficou satisfeito com resultados das escolas da região | Foto: Lucas Martin

Quando o assunto é pandemia e educação, muito se fala em recuperação de aprendizagens. Por isso, secretarias, coordenadorias e escolas agiram para que as dificuldades fossem sanadas ou, ao menos, reduzidas. “Tivemos um aumento da carga horária em Língua Portuguesa e Matemática. Além disso, tivemos e continuamos com a formação de professores desses dois componentes dentro do programa Aprende Mais, que consiste em qualificações constantes, o que reflete diretamente dentro da sala de aula, na prática pedagógica do professor”, frisa Luiz Ricardo Pinho de Moura.

Outra plataforma, também trabalhada dentro das escolas estaduais da região da 6ª Coordenadoria, é a Elefante Letrado. “É totalmente voltada para a leitura. Está se trabalhando bastante essas habilidades do escrever e do ler. Tem nos surpreendido a quantidade de livros que nossos alunos têm lido.”

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Ainda conforme Moura, a formação dos professores é algo visto como primordial. “Dá um resultado imediato e o próprio aumento da carga horária dos componentes nos ajudou. Também precisamos fazer um significativo número de contratação de professores de matemática e português em virtude desse aumento da carga horária”, completa.

Escolas tiveram médias acima da estadual em todos os níveis

Nos anos iniciais, as escolas que ficaram dentro de uma média bastante significativa, conforme Moura, foram a Ernesto Alves, de Santa Cruz, a José Jerônimo Mesquita, de Vera Cruz, a Guia Lopes, de Candelária, a Afonso Rabuske, de Santa Cruz, a Guilherme Fischer, de Vale do Sol, a Emilio Alves Nunes, de Herveiras, a Gaspar Bartholomay, de Santa Cruz, a Alexandrino de Alencar, de Passo do Sobrado, e aPetituba, de Santa Cruz, entre outras. “A média do RS era 5.9 e essas escolas tiveram notas como 7.3, 7.2 e 7.1”, diz o coordenador.

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Já nos anos finais, em que a média foi 5.0, escolas da região alcançaram notas como 6.8. Neste ponto, destacaram-se escolas como a Ernesto Alves, Felipe Jacobs e Gaspar Bartholomay, as três de Santa Cruz, a Gomercinda Dornelles da Fontoura, de Encruzilhada, a Leo João Frolich, de Venâncio, e outras. 
No Ensino Médio da região, das cinco instituições avaliadas, quatro ficaram acima da média. A primeira instituição colocada foi a Frederico Kops, de Sinimbu, com média de 5.1 enquanto a do Estado era 4.1. A única abaixo da média foi a Escola José Luchese, de Lagoa Bonita do Sul.

Saiba mais

Criado em 2007, o Ideb é uma iniciativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), para mensurar o desempenho do sistema educacional brasileiro a partir da combinação entre a proficiência obtida pelos estudantes em avaliações externas de larga escala (Saeb) e a taxa de aprovação, indicador que tem influência na eficiência do fluxo escolar. Ou seja, na progressão dos estudantes entre etapas/anos na educação básica.

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Guilherme Bica

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