Também com as atividades presenciais paralisadas por causa da pandemia, as escolas de idiomas buscam a flexibilização dos atendimentos. Uma reunião no início dessa semana com dez proprietários de escolas de Santa Cruz do Sul abordou a possibilidade de retomada dos atendimentos presenciais a partir de 15 de junho, conforme prevê o plano do governo do Estado, de volta às aulas presenciais para atividades práticas essenciais à conclusão do curso, pesquisa, estágio curricular obrigatório na graduação, pós-graduação e ensino técnico, assim como as atividades de cursos livres.
Um documento foi elaborado e encaminhado ao prefeito Telmo Kirst e ao gabinete do vereador Alex Knak (MDB). A intenção é solicitar a abertura das escolas para realização de aulas, atendimentos de matrículas, rematrículas e pagamentos de forma presencial até as 22 horas. As aulas, que seriam realizadas duas vezes por semana, seriam destinadas apenas a alunos com idade a partir dos 10 anos.
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O grupo se programa para reduzir o número de alunos por turma, caso as aulas sejam retomadas, em atendimento às regras de distanciamento. A maior preocupação, além da crise financeira, é manter os salários dos mais de 200 funcionários que dependem das atividades de classe.
Anelize Winter, proprietária da Escola Anelize Winter Idiomas e Intercâmbios, localizada em Linha Santa Cruz, ressaltou as dificuldades de adaptação às aulas no modo remoto. “Temos alunos que não dispõem de acesso às ferramentas necessárias para as aulas online e a maioria não quer o sistema online. Corremos o risco de cancelarem as matrículas”, afirmou.
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A empresária afirmou que quase 80% das matrículas foram canceladas e comenta que o prejuízo é “incalculável”.“Nossa classe está desassistida. Não temos ninguém por nós, e só queremos trabalhar. Estamos há 90 dias trabalhando online para manter os poucos clientes que ainda temos”, concluiu.
A solicitação dos empresários já está sendo avaliada pelo Comitê de Emergência de Combate à Pandemia. A presidente da Subseção da OAB de Santa Cruz do Sul, e integrante do comitê, Rosemari Hofmeister, explicou que, devido ao fato de a região estar na bandeira laranja, a previsão é de que nenhuma alteração seja feita no decreto nos próximos dias. “Estamos em nível médio de contaminação, temos de ter cautela. Não adianta liberar agora e ali na frente ter de fechar novamente. Todos os protocolos estão sendo analisados”, afirmou.
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